Ela é a responsável pelas minhas arritmias,
passadas no feixe de his incrível proesa,
nas delongas sextas-feiras do plantão.
Invés de mim com o bipe está,
pois comigo não deseja,
talvez com ele também deve ficar.
Dos dois pólos restou o sal solidificar,
a carne ressecar, o meu sangue salgar.
Polarizar os canais dos ódios.
Despolarizar os canais dos potes.
Meu coração desfibrilar,
um choque tomar,
haja minh´alma voar.
Rafael Cunha
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Programa
Quando voltar me traga um terço,
torça o encharcado das minhas roupas ao seu toque.
Limpe-me com a umidade dos seus lábios.
Com seu olhar, seque-me.
Apresenta-me seu programa noturno,
reprisa-me em todas as manhãs, perto.
Abaixe o volume aos meus ouvidos.
Não mude de canal.
Quero assisti-la até meu sono chegar.
Da preguiça matutina, até o próximo jantar.
Te vê-la levantar, seus sorrisos, sorrir.
Me divertir com você.
Brincarmos com nossos filhos no faz de conta.
O suco do maracujá, tomar.
Quando voltar, avisa-me, estarei sozinho.
Assim com você nossas vontades saciar,
teu vestido te vestir.
Ao nosso amor, brindar.
Rafael Cunha
torça o encharcado das minhas roupas ao seu toque.
Limpe-me com a umidade dos seus lábios.
Com seu olhar, seque-me.
Apresenta-me seu programa noturno,
reprisa-me em todas as manhãs, perto.
Abaixe o volume aos meus ouvidos.
Não mude de canal.
Quero assisti-la até meu sono chegar.
Da preguiça matutina, até o próximo jantar.
Te vê-la levantar, seus sorrisos, sorrir.
Me divertir com você.
Brincarmos com nossos filhos no faz de conta.
O suco do maracujá, tomar.
Quando voltar, avisa-me, estarei sozinho.
Assim com você nossas vontades saciar,
teu vestido te vestir.
Ao nosso amor, brindar.
Rafael Cunha
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Saberá
Devo admitir, não sabemos nada sobre o amor.
De onde vem, pra onde irá, nem mesmo onde ele está.
Confesso. Eu tentei resgatá-lo das profundezas,
pronunciei o seu nome, exaltei suas formas, em vão.
No meio do processo de ressurreição desisti,
afinal é um fardo pesado de se carregar só.
Aprendi que não podemos trazê-lo até que ele nos queira.
O amor deverá vir até nós.
Sem perguntas, aceitá-lo do jeito que és.
Não sabemos nada sobre ele.
Selvagem é o próprio.
Indomável.
Rafael Cunha
De onde vem, pra onde irá, nem mesmo onde ele está.
Confesso. Eu tentei resgatá-lo das profundezas,
pronunciei o seu nome, exaltei suas formas, em vão.
No meio do processo de ressurreição desisti,
afinal é um fardo pesado de se carregar só.
Aprendi que não podemos trazê-lo até que ele nos queira.
O amor deverá vir até nós.
Sem perguntas, aceitá-lo do jeito que és.
Não sabemos nada sobre ele.
Selvagem é o próprio.
Indomável.
Rafael Cunha
domingo, 4 de novembro de 2012
Paulo
Estive no sonho de Paulo.
Ele era quem brincava com meu pai,
eles cozinhavam as couves do jardim
depois da escola a sós.
Na cama, Paulo recebe suas lembranças aos domingos.
Por ele os finais de semana passariam a ser todos os dias,
a ansiedade do sábado e a satisfação no dia seguinte.
Hoje estive no sonho de Paulo.
Não me pergunte qual foi,
pois eu não o perguntei.
Nos últimos dias sonhei com outra vida.
Percebo que o acompanho na preparação desta viajem.
Seguro suas mãos e o acalmo para seguir em paz.
Volte sempre, amigo.
Rafael Cunha
Ele era quem brincava com meu pai,
eles cozinhavam as couves do jardim
depois da escola a sós.
Na cama, Paulo recebe suas lembranças aos domingos.
Por ele os finais de semana passariam a ser todos os dias,
a ansiedade do sábado e a satisfação no dia seguinte.
Hoje estive no sonho de Paulo.
Não me pergunte qual foi,
pois eu não o perguntei.
Nos últimos dias sonhei com outra vida.
Percebo que o acompanho na preparação desta viajem.
Seguro suas mãos e o acalmo para seguir em paz.
Volte sempre, amigo.
Rafael Cunha
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Noutro dia
Amanhã vou poder acordar com você,
sem dizer bom dia, vou sair no silêncio do seu sonho.
Trancarei a porta pelo lado de fora,
e nunca vais me procurar.
Irei descer os elevadores dos seus céus,
até no subterrâneo ficar.
Quero acordar com você amanhã,
gritar na descida meus nós amarrados,
convidar outros andares pra me acompanhar.
Forçar a queda para o cabo arrebentar.
Vou acordar com você pela manhã,
para ter o prazer em te deixar.
Desatar nossos abraços.
Recolher nossos cacos.
Não quero mais te ver,
sem sorrisos por me querer.
Rafael Cunha
sem dizer bom dia, vou sair no silêncio do seu sonho.
Trancarei a porta pelo lado de fora,
e nunca vais me procurar.
Irei descer os elevadores dos seus céus,
até no subterrâneo ficar.
Quero acordar com você amanhã,
gritar na descida meus nós amarrados,
convidar outros andares pra me acompanhar.
Forçar a queda para o cabo arrebentar.
Vou acordar com você pela manhã,
para ter o prazer em te deixar.
Desatar nossos abraços.
Recolher nossos cacos.
Não quero mais te ver,
sem sorrisos por me querer.
Rafael Cunha
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
A Semana
Há sete dias que não a vejo.
Para mim, uma lembrança.
Pra você, o sossego.
No primeiro dia disfarcei minha ansiedade,
entrei no mar e curei a saudade.
No segundo na cachoeira fiquei, pra lavar-te da minha pele.
Mais um dia, me sequei ao Sol.
No dia seguinte tatuei você nos meus versos.
Rabisquei você em minhas palavras.
Quinto, e ainda com resquícios seus.
Contado o sexto, dancei, te esqueci completamente por horas.
No último dia acordei sentindo sua falta.
Não pude nada fazer, fraco sou eu,
o tempo passou depressa.
Você ficou pra trás da minha corrente,
nem o sopro de uma ventania poderá trazer você de volta.
É melhor que assim seja, sem você.
Rafael Cunha
Para mim, uma lembrança.
Pra você, o sossego.
No primeiro dia disfarcei minha ansiedade,
entrei no mar e curei a saudade.
No segundo na cachoeira fiquei, pra lavar-te da minha pele.
Mais um dia, me sequei ao Sol.
No dia seguinte tatuei você nos meus versos.
Rabisquei você em minhas palavras.
Quinto, e ainda com resquícios seus.
Contado o sexto, dancei, te esqueci completamente por horas.
No último dia acordei sentindo sua falta.
Não pude nada fazer, fraco sou eu,
o tempo passou depressa.
Você ficou pra trás da minha corrente,
nem o sopro de uma ventania poderá trazer você de volta.
É melhor que assim seja, sem você.
Rafael Cunha
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Riscado
Quero ter o corpo riscado por um lápis,
ser desenhado como queiras.
Pintado com guache,
para no próximo choro se apagar.
Desenha-me com suas mentiras,
a ambição e seu esquecimento.
Aponte o lápis.
Afie a ponta com seus outros amores.
Risque-me.
Reforce meus traços,
assim serei a cópia da sua ingratidão e superficialidade.
Pinte-me
Preencha-me com seu desgosto,
para todo amor se esgotar.
Somado a suas lágrimas de arrependimento,
e eu serei o novo desenho para outras peles de Marias.
Rafael Cunha
ser desenhado como queiras.
Pintado com guache,
para no próximo choro se apagar.
Desenha-me com suas mentiras,
a ambição e seu esquecimento.
Aponte o lápis.
Afie a ponta com seus outros amores.
Risque-me.
Reforce meus traços,
assim serei a cópia da sua ingratidão e superficialidade.
Pinte-me
Preencha-me com seu desgosto,
para todo amor se esgotar.
Somado a suas lágrimas de arrependimento,
e eu serei o novo desenho para outras peles de Marias.
Rafael Cunha
domingo, 28 de outubro de 2012
Ser Metade
Ontem descobri como ser metade.
Antes eu era inteiro, completo.
Dava chance a elas,
de conhecer o verdadeiro eu.
Disposto, recebi o recado de um beijo contra minha vontade.
Partiu meu coração ao meio,
quis fugir, mas decidi ficar
e usar uma das minhas metades partidas, e disfarçar.
Retirada a poeira, dancei.
Sangrando por dentro, beijei.
Debaixo da lua, sorri.
O seu corpo, bebi.
Percebi que as metades se regeneram,
criam outros corações.
Mais fortes, estes não se entregam em um vendaval.
Abrem janelas, e amam outros horizontes.
Metade é o que todos merecem de mim,
já de você não quero ter uma parte sequer.
Rafael Cunha
Antes eu era inteiro, completo.
Dava chance a elas,
de conhecer o verdadeiro eu.
Disposto, recebi o recado de um beijo contra minha vontade.
Partiu meu coração ao meio,
quis fugir, mas decidi ficar
e usar uma das minhas metades partidas, e disfarçar.
Retirada a poeira, dancei.
Sangrando por dentro, beijei.
Debaixo da lua, sorri.
O seu corpo, bebi.
Percebi que as metades se regeneram,
criam outros corações.
Mais fortes, estes não se entregam em um vendaval.
Abrem janelas, e amam outros horizontes.
Metade é o que todos merecem de mim,
já de você não quero ter uma parte sequer.
Rafael Cunha
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Curar uma Saudade
Para esquecê-la, viaje.
Não comente sobre a falta que ela faz a você,
nem sobre os beijos sinceros.
Com sua segunda alma, se encontre.
Mergulhe no mar mexido e flutue,
deixe que as ondas os lavem.
Volte e almoce, com doces.
Faça do frio o alimento para seu coração,
esqueça os dois melhores encontros que tiveram.
Saboreie a neblina na queda de um morro,
deixe-a percorrer seus pensamentos.
Porém, não a procure.
Tenha uma overdose de visões,
assim irá perceber o quanto ela é ausente.
Chore e escorra a falta.
Na volta do consciente,
force seus sorrisos,
olhe para outros risos.
Acostume-se, ela não irá voltar.
Rafael Cunha
Não comente sobre a falta que ela faz a você,
nem sobre os beijos sinceros.
Com sua segunda alma, se encontre.
Mergulhe no mar mexido e flutue,
deixe que as ondas os lavem.
Volte e almoce, com doces.
Faça do frio o alimento para seu coração,
esqueça os dois melhores encontros que tiveram.
Saboreie a neblina na queda de um morro,
deixe-a percorrer seus pensamentos.
Porém, não a procure.
Tenha uma overdose de visões,
assim irá perceber o quanto ela é ausente.
Chore e escorra a falta.
Na volta do consciente,
force seus sorrisos,
olhe para outros risos.
Acostume-se, ela não irá voltar.
Rafael Cunha
domingo, 21 de outubro de 2012
Por que existe saudade?
A saudade suga a alma,
como o sal desidrata a carne
e conserva a paisagem.
Ela faz parte de um mar de felicidade,
afinal és quem firma a passagem de volta.
Sopra, como vento, o recomeço na mesma história.
A saudade é o inverso da despedida,
é a chance do retorno comum,
te convenço que sem ela não há volta de corpos como os nossos.
Sem ela não há respostas de uma carta,
não existe o desejo de uma alma,
ou o encontro num lugar qualquer de Olímpia.
A saudade é tempero de um mar cristalino,
é o encontro das ondas nos rochedos,
o desfazê-lo para areia branca criar.
És ela, quem fabrica palavras de um verso.
O motivo da existência de um corpo
e das lágrimas do recordar sem sentido.
Sinto a falta do seu nariz,
da ressaca de nossas noites
e da vitamina de nossas manhãs.
Saudade.
Rafael Cunha
como o sal desidrata a carne
e conserva a paisagem.
Ela faz parte de um mar de felicidade,
afinal és quem firma a passagem de volta.
Sopra, como vento, o recomeço na mesma história.
A saudade é o inverso da despedida,
é a chance do retorno comum,
te convenço que sem ela não há volta de corpos como os nossos.
Sem ela não há respostas de uma carta,
não existe o desejo de uma alma,
ou o encontro num lugar qualquer de Olímpia.
A saudade é tempero de um mar cristalino,
é o encontro das ondas nos rochedos,
o desfazê-lo para areia branca criar.
És ela, quem fabrica palavras de um verso.
O motivo da existência de um corpo
e das lágrimas do recordar sem sentido.
Sinto a falta do seu nariz,
da ressaca de nossas noites
e da vitamina de nossas manhãs.
Saudade.
Rafael Cunha
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Bom Dia
Eu prefiro acordar ao gosto de vitamina.
Prefiro ainda espreguiçar-me no seu canto quente da cama,
sentir seu cheiro em todos os travesseiros nela espalhados.
Ainda olhar-te vestir e sair.
Dividiria nosso espaço com nossos cães,
não tomaria o seu espaço em vida.
Te amaria do jeito que és, linda.
Nada disso existe,
sequer meu bom dia triste.
Me dedico a madrugada,
onde nada de você persiste.
Rafael Cunha
Prefiro ainda espreguiçar-me no seu canto quente da cama,
sentir seu cheiro em todos os travesseiros nela espalhados.
Ainda olhar-te vestir e sair.
Dividiria nosso espaço com nossos cães,
não tomaria o seu espaço em vida.
Te amaria do jeito que és, linda.
Nada disso existe,
sequer meu bom dia triste.
Me dedico a madrugada,
onde nada de você persiste.
Rafael Cunha
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Pós-Morte
Primeiro dia sem você,
é como o primeiro da pós-morte,
o silêncio,
as não cores,
as vozes ao fundo.
Sem você no primeiro dia,
é agoniante, o esperar do toque da vida sua,
aterrorizante em saber que não voltará,
é a morte da esperança em não ter a quem amar.
Sem o primeiro dia com você,
foi não realizar um sonho,
o decepcionar de um amor não correspondido,
a tristeza de nunca te beijar novamente em vida.
Hoje é meu primeiro dia pós-morte,
não sinto minhas pernas,
e não quero voltar para o ontem em vida.
Vou ficar e caminhar nas sombras de outras meninas.
Rafael Cunha
é como o primeiro da pós-morte,
o silêncio,
as não cores,
as vozes ao fundo.
Sem você no primeiro dia,
é agoniante, o esperar do toque da vida sua,
aterrorizante em saber que não voltará,
é a morte da esperança em não ter a quem amar.
Sem o primeiro dia com você,
foi não realizar um sonho,
o decepcionar de um amor não correspondido,
a tristeza de nunca te beijar novamente em vida.
Hoje é meu primeiro dia pós-morte,
não sinto minhas pernas,
e não quero voltar para o ontem em vida.
Vou ficar e caminhar nas sombras de outras meninas.
Rafael Cunha
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Mil Versos
Recomeço a escrever meus mil versos, sem Maria.
Mulheres podem gostar de flores, mas não de poesia.
Acham que os versos são falsos e feitos para conquistá-las, sem harmonia.
Enganadas, os versos são verdades ditas sem voltas,
são realidades descritas sem rotas, são sentimentos escritos em nota.
Mulheres gostam de flores, mas não de poesia.
Gostam das flores e suas pétalas que caem, seus caules que murcham,
seu brilho que acaba, e sua vida que definha.
Os versos não se calam com uma borracha,
são ditos em cacos, lembrados aos trapos,
mas nunca são acabados.
Elas gostam de flores e não de poesia.
Não gostam das palavras suaves de uma matina,
gostam da secura de uma planta sem vida.
Estou cansando de fazer poesia,
quero deixar de lado meus papéis,
cada dia perco um amor para a rotina.
Estou cansado de fazer poesia.
Rafael Cunha
Mulheres podem gostar de flores, mas não de poesia.
Acham que os versos são falsos e feitos para conquistá-las, sem harmonia.
Enganadas, os versos são verdades ditas sem voltas,
são realidades descritas sem rotas, são sentimentos escritos em nota.
Mulheres gostam de flores, mas não de poesia.
Gostam das flores e suas pétalas que caem, seus caules que murcham,
seu brilho que acaba, e sua vida que definha.
Os versos não se calam com uma borracha,
são ditos em cacos, lembrados aos trapos,
mas nunca são acabados.
Elas gostam de flores e não de poesia.
Não gostam das palavras suaves de uma matina,
gostam da secura de uma planta sem vida.
Estou cansando de fazer poesia,
quero deixar de lado meus papéis,
cada dia perco um amor para a rotina.
Estou cansado de fazer poesia.
Rafael Cunha
domingo, 14 de outubro de 2012
Estrela
Queria sair com as estrelas cadentes,
deixar os céus da ressaca,
para amar outros sóis, ó princesa.
Para cada cometa um silêncio de Mayra,
em cada gota de tristeza uma volta de Maria.
Queria amá-la sem tempo,
lentamente conhecer seus eus,
sentir seu coração pulsar por mim, estrela.
Enquanto não estacionar numa brilhante,
ainda com a minha chuva de cometas,
e meu banho de silêncio seu,
me recordarei de você, Mayra.
Rafael Cunha
deixar os céus da ressaca,
para amar outros sóis, ó princesa.
Para cada cometa um silêncio de Mayra,
em cada gota de tristeza uma volta de Maria.
Queria amá-la sem tempo,
lentamente conhecer seus eus,
sentir seu coração pulsar por mim, estrela.
Enquanto não estacionar numa brilhante,
ainda com a minha chuva de cometas,
e meu banho de silêncio seu,
me recordarei de você, Mayra.
Rafael Cunha
sábado, 13 de outubro de 2012
Mayra
Pode ser que seja sim, minha culpa.
Seja eu, o culpado pela sua fuga.
Culpado eu, por sua ausência.
Que seja minha a responsabilidade,
meu riscar em um papel errado.
Admito que não quis nada, enquanto pra você,
não houvesse o mínimo.
Foi de feito, errado.
Quis beijá-la já no primeiro chá,
abraçá-la no segundo toque.
Tenho dito, de todo errado eu sou.
Ter um motivo para escrever uma vontade,
falar do amor, sem mesmo tê-lo existido na verdade.
Escrever uma história com um final feliz, sem dor.
Uma paixão sem motivo, história ou flor.
Rafael Cunha
Seja eu, o culpado pela sua fuga.
Culpado eu, por sua ausência.
Que seja minha a responsabilidade,
meu riscar em um papel errado.
Admito que não quis nada, enquanto pra você,
não houvesse o mínimo.
Foi de feito, errado.
Quis beijá-la já no primeiro chá,
abraçá-la no segundo toque.
Tenho dito, de todo errado eu sou.
Ter um motivo para escrever uma vontade,
falar do amor, sem mesmo tê-lo existido na verdade.
Escrever uma história com um final feliz, sem dor.
Uma paixão sem motivo, história ou flor.
Rafael Cunha
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Durma Bem
Busquei em cada sorriso, você.
Me estiquei para cada olhar, te ver.
Escrevi de cada singular, um plural.
Cada passo foi para descobri-la.
Enquanto eu caminhava você, dormia.
Um sono no qual nele, eu não existia.
Vou sentir saudade do nariz mais belo,
dos seus óculos listrados,
do seu perfil suave.
Vou deixá-la dormir seu sonho,
para quando um dia acordar,
estar descansada de outros.
E eu, com o café da manhã em seu colo, morena.
Rafael Cunha
Me estiquei para cada olhar, te ver.
Escrevi de cada singular, um plural.
Cada passo foi para descobri-la.
Enquanto eu caminhava você, dormia.
Um sono no qual nele, eu não existia.
Vou sentir saudade do nariz mais belo,
dos seus óculos listrados,
do seu perfil suave.
Vou deixá-la dormir seu sonho,
para quando um dia acordar,
estar descansada de outros.
E eu, com o café da manhã em seu colo, morena.
Rafael Cunha
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Boa Noite
Esperar por um desejo de boa noite,
é como esperar que as estrelas se apaguem,
é esperar suas cadências em uma parte.
Esperar pelo seu desejo de boa noite,
esfria o espírito quente de um amor,
o envolve das cores mais cinzas,
como a espera da tempestade.
Não ter o seu desejo em uma qualquer noite,
é como o não respirar de uma vida nascente,
é ter o não suspiro, de uma mãe contente.
É descobrir nunca ter existido para você, poente.
Minha estrela que põe-se nas montanhas de outroras,
não me deixe sem seus desejos,
sem a coberta dos seus afegos,
ou o toque dos seus selos.
Um beijo.
Rafael Cunha
é como esperar que as estrelas se apaguem,
é esperar suas cadências em uma parte.
Esperar pelo seu desejo de boa noite,
esfria o espírito quente de um amor,
o envolve das cores mais cinzas,
como a espera da tempestade.
Não ter o seu desejo em uma qualquer noite,
é como o não respirar de uma vida nascente,
é ter o não suspiro, de uma mãe contente.
É descobrir nunca ter existido para você, poente.
Minha estrela que põe-se nas montanhas de outroras,
não me deixe sem seus desejos,
sem a coberta dos seus afegos,
ou o toque dos seus selos.
Um beijo.
Rafael Cunha
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Último Recado
Não quero que se esqueça de como te tratei.
Como a desejei um dia após ao outro na sua companhia.
Não sou ninguém desta vastidão para lhe fazer compreender o meu amor.
Sou um estranho, que somente suspira tua presença.
Meu espetáculo chegou ao fim,
as cortinas se fecharam,
desfaço a maquiagem,
e ouço os últimos aplausos com as luzes apagadas.
Não consigo ainda perceber o tamanho de tudo,
mas quero lembrá-la que foi inesquecível,
cada palavra,
cada sorriso,
e os dois beijos apaixonados.
Rafael Cunha
Como a desejei um dia após ao outro na sua companhia.
Não sou ninguém desta vastidão para lhe fazer compreender o meu amor.
Sou um estranho, que somente suspira tua presença.
Meu espetáculo chegou ao fim,
as cortinas se fecharam,
desfaço a maquiagem,
e ouço os últimos aplausos com as luzes apagadas.
Não consigo ainda perceber o tamanho de tudo,
mas quero lembrá-la que foi inesquecível,
cada palavra,
cada sorriso,
e os dois beijos apaixonados.
Rafael Cunha
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Campo
Hoje queria nunca ter escrito uma palavra de amor,
não ter dado uma flor sequer,
nunca ter me aventurado em um desconhecido.
Hoje a noite cai, a neblina baixa para um palmo enxergar, o seu.
Erro de um homem ao tentar atravessar o descampado sem uma mão segurar.
Rafael Cunha
não ter dado uma flor sequer,
nunca ter me aventurado em um desconhecido.
Hoje a noite cai, a neblina baixa para um palmo enxergar, o seu.
Erro de um homem ao tentar atravessar o descampado sem uma mão segurar.
Rafael Cunha
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Tal
Quando quis te conhecer, nada era normal.
Haviam sentimentos atravessados e tal.
Assim, que eu te conheci,
vi que era natural,
deixar um amor de lado, banal.
Hoje já te conheci,
e tenho que aceitar,
um amor sincero, talvez, brotar.
Pode não ser realidade,
Poderá ser somente uma vontade.
Mas deixe um infinito de amor, sonhar.
Rafael Cunha
Haviam sentimentos atravessados e tal.
Assim, que eu te conheci,
vi que era natural,
deixar um amor de lado, banal.
Hoje já te conheci,
e tenho que aceitar,
um amor sincero, talvez, brotar.
Pode não ser realidade,
Poderá ser somente uma vontade.
Mas deixe um infinito de amor, sonhar.
Rafael Cunha
domingo, 30 de setembro de 2012
Com Ela
Sentado, pensando ao sabor do mate, ela aparece.
Rosa, com óculos, linda.
Conversamos sobre as estrelas sob o luar de quinta-feira.
Dado a hora as portas se fecharam,
corremos pelas escadarias de emergência,
para encontrarmos uma saída.
Sem respostas, tomamos o rumo do incerto.
Dentre as quatro portas,
nos beijamos,
levemente,
com a calma de um desejo.
Hoje me resta a saudade de mais um beijo.
Rafael Cunha
Rosa, com óculos, linda.
Conversamos sobre as estrelas sob o luar de quinta-feira.
Dado a hora as portas se fecharam,
corremos pelas escadarias de emergência,
para encontrarmos uma saída.
Sem respostas, tomamos o rumo do incerto.
Dentre as quatro portas,
nos beijamos,
levemente,
com a calma de um desejo.
Hoje me resta a saudade de mais um beijo.
Rafael Cunha
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Vitamina
Queria acordar depois de um sono grudados,
despertar com você ainda dormindo e preparar nossa mistura.
Usar a sedução de um morango, o perfume de uma maçã,
a doçura de um melão, a força das bananas, a polpa de uma pêra,
e a fonte de um leite.
Liquidificá-los em uma poção de amor,
gotas de carinho, pra você morena.
Te curar do mal,
te fazer o bem e te amar para todo o sempre.
Rafael Cunha
despertar com você ainda dormindo e preparar nossa mistura.
Usar a sedução de um morango, o perfume de uma maçã,
a doçura de um melão, a força das bananas, a polpa de uma pêra,
e a fonte de um leite.
Liquidificá-los em uma poção de amor,
gotas de carinho, pra você morena.
Te curar do mal,
te fazer o bem e te amar para todo o sempre.
Rafael Cunha
Trilha
Te seguirei pela trilha de suas forças,
para te segurar em um escorregão qualquer.
Levarei a mochila das nossas coragens,
e te alimentarei com todo meu amor.
Construirei ao entardecer nossa cama,
para o frio dissipar, e o calor chegar em nossos corpos.
Acordarei para pescar os peixes dos nossos almoços,
e você continuar a dormir seu sono profundo.
Lavaremos nossos rostos na gelada água do riacho,
mesmo que o acampamento seja no quintal de nossa casa,
a aventura de estar ao seu lado cria uma ligação forte aos corações.
Rafael Cunha
para te segurar em um escorregão qualquer.
Levarei a mochila das nossas coragens,
e te alimentarei com todo meu amor.
Construirei ao entardecer nossa cama,
para o frio dissipar, e o calor chegar em nossos corpos.
Acordarei para pescar os peixes dos nossos almoços,
e você continuar a dormir seu sono profundo.
Lavaremos nossos rostos na gelada água do riacho,
mesmo que o acampamento seja no quintal de nossa casa,
a aventura de estar ao seu lado cria uma ligação forte aos corações.
Rafael Cunha
domingo, 16 de setembro de 2012
Hoje Não
Hoje não sei oque escrever,
estou triste por ter sentido amor por você.
Triste em te esperar a cada minuto depois do último encontro,
e não te ver, não te sentir.
Hoje não quero escrever,
estou cansado por ter esperado você.
Cansado em me imaginar ao seu lado,
sorrindo nos seus lábios, dançando devagar com você.
Hoje não vou escrever,
estou sozinho por um dia ter encontrado você.
Sozinho e acompanhado da minha saudade,
da sua face, dos meus encantos pela sua voz.
Hoje não posso escrever,
se puder anote estas palavras ditas.
Anote oque puder, oque quiser,
depois leia-me como um conto de fadas.
Rafael Cunha
estou triste por ter sentido amor por você.
Triste em te esperar a cada minuto depois do último encontro,
e não te ver, não te sentir.
Hoje não quero escrever,
estou cansado por ter esperado você.
Cansado em me imaginar ao seu lado,
sorrindo nos seus lábios, dançando devagar com você.
Hoje não vou escrever,
estou sozinho por um dia ter encontrado você.
Sozinho e acompanhado da minha saudade,
da sua face, dos meus encantos pela sua voz.
Hoje não posso escrever,
se puder anote estas palavras ditas.
Anote oque puder, oque quiser,
depois leia-me como um conto de fadas.
Rafael Cunha
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Favela
Estou morrendo.
Passo por passo, desço o morro em direção a morte.
Todos meus amores deixados em vielas por onde passo.
Morro de amor.
Das escadarias, os degraus uniformes das mentiras ditas à mim.
Do corrimão nasce o desejo em um toque.
Cada fio remendado, liga a minha mente e todos meus amores, lá em cima.
Desço o morro.
Na entrada da favela estou despido pela minha moral.
Fui alvejado por um amor perdido.
Agora, sucumbo a dor das antigas,
para reamar outra em uma nova vida.
Rafael Cunha
Passo por passo, desço o morro em direção a morte.
Todos meus amores deixados em vielas por onde passo.
Morro de amor.
Das escadarias, os degraus uniformes das mentiras ditas à mim.
Do corrimão nasce o desejo em um toque.
Cada fio remendado, liga a minha mente e todos meus amores, lá em cima.
Desço o morro.
Na entrada da favela estou despido pela minha moral.
Fui alvejado por um amor perdido.
Agora, sucumbo a dor das antigas,
para reamar outra em uma nova vida.
Rafael Cunha
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Ter novamente
Isso quando você me procurar.
Tentei dizer adeus.
Queria poder beijá-la, e dizer o quanto eu a amava.
Pudesse eu te deixar tranqüila com meu amor.
Me lembro de todos os momentos, eu e você juntos.
Todos eles em cada toque, a saudade.
Penso em você todos os dias da minha vida.
A cada instante penso em nós.
Queria ter te apagado.
Achar um erro e apagá-la de uma vez.
Não erraste, eu quem errou.
Não respiro sem seu carinho,
não consigo ser livre,
me sinto ligado a você.
Como um quebra-cabeça por fazer,
me falta uma peça, você.
Volte.
Te quero hoje. Sempre.
Rafael Cunha
Marquesa
Vou escrever um verso esta noite.
Ele não será de amor, pois no amor não existe a saudade.
Começarei a escrevê-lo com tinha azul piscina,
terminarei com canetas laranja de brasas.
Ensaio escrever as palavras em uma cartilha,
para você, Marquesa, pronunciar sem gaguejos por o chorarmos nós.
Cento e quatorze horas em um discurso de beijos.
Uma hora e quatorze minutos de vontades.
Onze minutos e quatro segundos de você, comigo.
Apaixonadamente em mim, princesa.
O ontem, te quero hoje.
Rafael Cunha
Ele não será de amor, pois no amor não existe a saudade.
Começarei a escrevê-lo com tinha azul piscina,
terminarei com canetas laranja de brasas.
Ensaio escrever as palavras em uma cartilha,
para você, Marquesa, pronunciar sem gaguejos por o chorarmos nós.
Cento e quatorze horas em um discurso de beijos.
Uma hora e quatorze minutos de vontades.
Onze minutos e quatro segundos de você, comigo.
Apaixonadamente em mim, princesa.
O ontem, te quero hoje.
Rafael Cunha
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Manjericão
Nasceu da vontade em estarmos juntos,
presos a quatro portas no escuro de uma garagem.
Desabrochou, levada ao lado de fora, flor.
Suas raízes envolve meu coração,
seus caules sustentam as folhas temperadas,
para mim, alma.
Te quero misturada aos meus amargos, doces,
na cozinha de minha casa,
nos lençóis,
nos meus perfumes,
nas salas e fontes d´água.
Embebedar-me com seu mel,
e me fazer apaixonar além de nossas vidas.
Rafael Cunha
presos a quatro portas no escuro de uma garagem.
Desabrochou, levada ao lado de fora, flor.
Suas raízes envolve meu coração,
seus caules sustentam as folhas temperadas,
para mim, alma.
Te quero misturada aos meus amargos, doces,
na cozinha de minha casa,
nos lençóis,
nos meus perfumes,
nas salas e fontes d´água.
Embebedar-me com seu mel,
e me fazer apaixonar além de nossas vidas.
Rafael Cunha
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Roberta
Sereia morena das águas claras,
molhado seu beijo em meus lábios,
do ontem me resta a vontade de tudo novamente,
com você princesa do mar.
Janaína perderá seu posto de rainha, ao meu gosto, pra você.
Suas covas, seu cheiro e seu sorriso, para mim dourada.
Entre os bancos meus encantos a cada toque de nossas mãos.
Não me deixe ir, quebre suas ondas em meu rosto,
me refresque com seu carinho, amada.
Massageie meus ombros cansados a sua busca.
Te quero comigo pra sempre nos meus braços.
Aos nossos laços.
Rafael Cunha
molhado seu beijo em meus lábios,
do ontem me resta a vontade de tudo novamente,
com você princesa do mar.
Janaína perderá seu posto de rainha, ao meu gosto, pra você.
Suas covas, seu cheiro e seu sorriso, para mim dourada.
Entre os bancos meus encantos a cada toque de nossas mãos.
Não me deixe ir, quebre suas ondas em meu rosto,
me refresque com seu carinho, amada.
Massageie meus ombros cansados a sua busca.
Te quero comigo pra sempre nos meus braços.
Aos nossos laços.
Rafael Cunha
domingo, 26 de agosto de 2012
Flores
Prefiro sementes ao invés de flores.
Arrancar uma flor é abortar um ser vivo,
deixar que ela não se insemine com o pólen de outras,
é arrancar a chance da vida abruptamente.
Não quero e nunca lhe darei flores,
prefiro meus versos para seu encanto, girassol.
Rafael Cunha
Arrancar uma flor é abortar um ser vivo,
deixar que ela não se insemine com o pólen de outras,
é arrancar a chance da vida abruptamente.
Não quero e nunca lhe darei flores,
prefiro meus versos para seu encanto, girassol.
Rafael Cunha
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Morena Lisa
Chegou sem avisar,
apareceu para nadar.
Na época, me encantei pela sua doçura.
Hoje, me agarro a sua beleza, mulher.
A probabilidade de nada acontecer é alta,
mas a vontade de que aconteça é muita.
Seus cabelos lisos ao pé do ouvido,
sua boca ao meu encontro, dúvida.
Com um abraço tímido, seu cheiro,
satisfaz a vontade em tê-la para minha vida inteira.
Morena escorrega por entre meus dedos,
não quero te perder por mais um dia, lisa.
Rafael Cunha
apareceu para nadar.
Na época, me encantei pela sua doçura.
Hoje, me agarro a sua beleza, mulher.
A probabilidade de nada acontecer é alta,
mas a vontade de que aconteça é muita.
Seus cabelos lisos ao pé do ouvido,
sua boca ao meu encontro, dúvida.
Com um abraço tímido, seu cheiro,
satisfaz a vontade em tê-la para minha vida inteira.
Morena escorrega por entre meus dedos,
não quero te perder por mais um dia, lisa.
Rafael Cunha
sábado, 11 de agosto de 2012
Bruna
Queria que não fosse uma,
de tão longe seria pra mim, algo.
Derrotado pelo amor, a conheci, pluma.
Na queda do alto de uma árvore,
entre os meios das penas esmigalhadas por um gato, Bruna.
Sua queda como pluma, acompanha o sopro do vento,
entre as sombras das folhas,
rebatida entre os galhos e abraços de outros,
Cadência de suas vestes sopradas para a clareira.
Encosta em meus lábios, você, Bruna.
Só assim despertas o eu, nesta selva em galhos meu amor, pluma.
Rafael Cunha
de tão longe seria pra mim, algo.
Derrotado pelo amor, a conheci, pluma.
Na queda do alto de uma árvore,
entre os meios das penas esmigalhadas por um gato, Bruna.
Sua queda como pluma, acompanha o sopro do vento,
entre as sombras das folhas,
rebatida entre os galhos e abraços de outros,
Cadência de suas vestes sopradas para a clareira.
Encosta em meus lábios, você, Bruna.
Só assim despertas o eu, nesta selva em galhos meu amor, pluma.
Rafael Cunha
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Um
Enquanto houver uma lembrança,
haverá uma esperança.
Enquanto houver uma saudade,
haverá uma vontade.
Quando somente uma pessoa lhe vê,
ainda há tempo de conquistar, um amor.
Enquanto você a ignora ela triste fica com seu próprio apavoro,
assim se desmancha em lágrimas por você.
Ainda, somente hoje, te amo para o resto das minhas lembranças, única.
Rafael Cunha
haverá uma esperança.
Enquanto houver uma saudade,
haverá uma vontade.
Quando somente uma pessoa lhe vê,
ainda há tempo de conquistar, um amor.
Enquanto você a ignora ela triste fica com seu próprio apavoro,
assim se desmancha em lágrimas por você.
Ainda, somente hoje, te amo para o resto das minhas lembranças, única.
Rafael Cunha
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Reflexo
Numa roda de samba dancei,
com seu reflexo sorri.
Dançamos juntos com as cochas entrelaçadas,
para depois às colchas chegar.
Das cuícas gritavam nossos desejos,
dos pandeiros os chacoalhos dos nossos beijos,
do violão o baixo, ao marcar o compasso da solidão, sem você.
Rafael Cunha
com seu reflexo sorri.
Dançamos juntos com as cochas entrelaçadas,
para depois às colchas chegar.
Das cuícas gritavam nossos desejos,
dos pandeiros os chacoalhos dos nossos beijos,
do violão o baixo, ao marcar o compasso da solidão, sem você.
Rafael Cunha
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Agosto
À gosto de um sabor,
com gosto de você.
Sentir o calafrio de um beijo quente,
ouvir as palavras que não queres me dizer.
Gosto assim, espontâneo como Agosto.
Que nele a raiva de um cão louco de amor,
atormenta as noites de espanto de um vizinho sem gosto de paixão.
Gosto do Agosto de hoje,
do antigo não me lembro mais.
À gosto de um novo amor,
francesa no meu menu de sabores ao meu gosto é você.
Rafael Cunha
com gosto de você.
Sentir o calafrio de um beijo quente,
ouvir as palavras que não queres me dizer.
Gosto assim, espontâneo como Agosto.
Que nele a raiva de um cão louco de amor,
atormenta as noites de espanto de um vizinho sem gosto de paixão.
Gosto do Agosto de hoje,
do antigo não me lembro mais.
À gosto de um novo amor,
francesa no meu menu de sabores ao meu gosto é você.
Rafael Cunha
terça-feira, 24 de julho de 2012
Vó Bárbara
Por todas as estradas que percorreu, quero eu poder passar.
Por todos amores que amou, um dia quero amar.
Diante de toda a saudade que me deixa, um dia quero deixar.
Minha avó de pele mais linda, preta, sem negar.
Nos seus últimos cantarolava um repente tico-tico-tá.
Dos montes de Minas Gerais, ecoa sua vontade de viver,
nos abismos de pedra a me esperar.
Que os anjos lhe cuidem,
que suas cachaças e torresmos nos mantenham alegres e saciados.
Saudade de você minha nêga de cabelo ruim mais maravilhosos já vistos.
Rafael Cunha
Por todos amores que amou, um dia quero amar.
Diante de toda a saudade que me deixa, um dia quero deixar.
Minha avó de pele mais linda, preta, sem negar.
Nos seus últimos cantarolava um repente tico-tico-tá.
Dos montes de Minas Gerais, ecoa sua vontade de viver,
nos abismos de pedra a me esperar.
Que os anjos lhe cuidem,
que suas cachaças e torresmos nos mantenham alegres e saciados.
Saudade de você minha nêga de cabelo ruim mais maravilhosos já vistos.
Rafael Cunha
sábado, 21 de julho de 2012
Bairro
Bom mesmo é não conhecer o mundo, mas os bairros ao redor.
Do mundo que se conhece, é como se conhecesse ao outro e não a si mesmo.
Sendo seu corpo preenchido pela outra verdade que aqui não cabes.
Assim não julgues.
Pois aqui somos diferentes, mais um de uma cadeia de infinitas formas de amor.
Do mundo que se conhece, é como se conhecesse ao outro e não a si mesmo.
Sendo seu corpo preenchido pela outra verdade que aqui não cabes.
Assim não julgues.
Pois aqui somos diferentes, mais um de uma cadeia de infinitas formas de amor.
Rafael Cunha
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Buscar
Hoje acordei para buscar o Sol para a sua manhã esquentar,
o busquei ainda para seu dia alegrar,
sem guarda-chuvas pequenos e assim não se molhar.
Colhi o cacau para seu chocolate ferver,
tomarmos em uma noite fria na semana sem fim.
Tento fazer de tudo para que um bom dia me dê,
e me felicitar a saudade que sinto por você.
Rafael Cunha
o busquei ainda para seu dia alegrar,
sem guarda-chuvas pequenos e assim não se molhar.
Colhi o cacau para seu chocolate ferver,
tomarmos em uma noite fria na semana sem fim.
Tento fazer de tudo para que um bom dia me dê,
e me felicitar a saudade que sinto por você.
Rafael Cunha
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Frio
O frio que sinto agora não se compara ao frio que tive na primeira vez em que lhe vi.
O de agora, não corta meus ossos em um vendaval, nem sequer congela meu coração em uma parada gélida.
Suas garoas não encharcam meus olhos de lágrimas na alegria em ver um ser dotado da formosura de tamanha grandiosidade como a sua.
O de antes, me sufocou,
parou meus órgãos para vê-la dançar e sorrir,
todo o meu sistema nervoso entrou em colapso.
Neste dia o frio congelou minhas mãos trêmulas,
minhas pernas bambas para no samba, sambar.
Já quando no forró, entrei em estado de choque,
paralisado.
Lá fora chorando,
sem você, com minha dor, dancei até o dia clarear.
Rafael Cunha
O de agora, não corta meus ossos em um vendaval, nem sequer congela meu coração em uma parada gélida.
Suas garoas não encharcam meus olhos de lágrimas na alegria em ver um ser dotado da formosura de tamanha grandiosidade como a sua.
O de antes, me sufocou,
parou meus órgãos para vê-la dançar e sorrir,
todo o meu sistema nervoso entrou em colapso.
Neste dia o frio congelou minhas mãos trêmulas,
minhas pernas bambas para no samba, sambar.
Já quando no forró, entrei em estado de choque,
paralisado.
Lá fora chorando,
sem você, com minha dor, dancei até o dia clarear.
Rafael Cunha
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Rochedo
Foges da rima do meu rochedo,
entrelaça suas asas a volta do farol.
Para se entristecer pelas quedas de minhas pedras.
Meus muros são de calcário, enfraquecidos pelo tempo.
Não suportam mais o ninho da sua cria.
Voa-te alma minha,
dance pelos ventos quentes que te levam às alturas.
Passe ao cisco de uma ponta minha,
e os piscos tome-os em goladas.
Atormentada siga no seu vôo confuso,
na notória tormenta do mar revolto em mim, pedras fracas.
Ache outro abismo para amar seu canto,
e aos prantos ficarei em minha quebras e quedas de cada pedaço de mim partir.
Não quero que me vejas assim,
Quebrando dos poucos ao fim.
Rafael Cunha
entrelaça suas asas a volta do farol.
Para se entristecer pelas quedas de minhas pedras.
Meus muros são de calcário, enfraquecidos pelo tempo.
Não suportam mais o ninho da sua cria.
Voa-te alma minha,
dance pelos ventos quentes que te levam às alturas.
Passe ao cisco de uma ponta minha,
e os piscos tome-os em goladas.
Atormentada siga no seu vôo confuso,
na notória tormenta do mar revolto em mim, pedras fracas.
Ache outro abismo para amar seu canto,
e aos prantos ficarei em minha quebras e quedas de cada pedaço de mim partir.
Não quero que me vejas assim,
Quebrando dos poucos ao fim.
Rafael Cunha
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Caçada
As minhas vontades calam-se em havê-la perdido,
a nova paixão guia-me na escuridão da minha cegueira.
A vida de um poeta me enfurece em compará-lo,
escrevo o que sinto, não escrevo o que queres, é o que me resta.
Não sou poeta, sou um contador de histórias em versos fantásticos,
Meus versos são minhas bengalas na escuridão junto a paixão da inglesa Katarina.
- Quem sou então?
Sou o movimento dos sentimentos como a manada enfurecida pela fome de um leão.
O sapateado de cascos em terras empoeiradas para depois derrubado a paixão da minha carne devorada por um filhote, eu sou um morto, meus restos é o amor, pra você eternidade.
Rafael Cunha
a nova paixão guia-me na escuridão da minha cegueira.
A vida de um poeta me enfurece em compará-lo,
escrevo o que sinto, não escrevo o que queres, é o que me resta.
Não sou poeta, sou um contador de histórias em versos fantásticos,
Meus versos são minhas bengalas na escuridão junto a paixão da inglesa Katarina.
- Quem sou então?
Sou o movimento dos sentimentos como a manada enfurecida pela fome de um leão.
O sapateado de cascos em terras empoeiradas para depois derrubado a paixão da minha carne devorada por um filhote, eu sou um morto, meus restos é o amor, pra você eternidade.
Rafael Cunha
Rafael
Não adianta me procurar para o efeito do amar se cumprir.
Me desculpe se a minha admiração pelos seus poemas lhe entrega a esperança.
Estou apaixonada, e não é por você, meu antigo amor.
Me renovei, me contentei com seus xingamentos em públlico pela minha perda, engracei-me com outros para seu esquecimento.
O leio sempre mas com olhos de não apaixonada, mas com olhos de quem procura uma paixão, e este não é você.
Você me trás a felicidade como algo inexistente em matéria, e não mais como homem a quem amei, com meus olhos, meus cabelos, meus cremes e meu perfume. Hoje você não é nada mais que alguém que escreve palavras que qualquer um outro poderia escrever, mesmo não sendo você o autor.
Não gosto de você, não quero mais ficar com você, ou olhar pra você, só quero que escrevas para meu sentimento de amor explodir em outros corações.
Te amei, mas nunca mais vou te amar, Rafael.
Rafael Cunha
Me desculpe se a minha admiração pelos seus poemas lhe entrega a esperança.
Estou apaixonada, e não é por você, meu antigo amor.
Me renovei, me contentei com seus xingamentos em públlico pela minha perda, engracei-me com outros para seu esquecimento.
O leio sempre mas com olhos de não apaixonada, mas com olhos de quem procura uma paixão, e este não é você.
Você me trás a felicidade como algo inexistente em matéria, e não mais como homem a quem amei, com meus olhos, meus cabelos, meus cremes e meu perfume. Hoje você não é nada mais que alguém que escreve palavras que qualquer um outro poderia escrever, mesmo não sendo você o autor.
Não gosto de você, não quero mais ficar com você, ou olhar pra você, só quero que escrevas para meu sentimento de amor explodir em outros corações.
Te amei, mas nunca mais vou te amar, Rafael.
Rafael Cunha
terça-feira, 10 de julho de 2012
De Vida
Devido a traição do corpo,
a alma se rompe,
se rasga.
Vindo de uma pessoa que amas,
a alma se foge,
se lasca.
De vida prometida ao amor,
se mente.
Prostitua-se a qualquer vontade,
da vida prometida se resta a falta,
a vontade,
o amor.
Rafael Cunha
a alma se rompe,
se rasga.
Vindo de uma pessoa que amas,
a alma se foge,
se lasca.
De vida prometida ao amor,
se mente.
Prostitua-se a qualquer vontade,
da vida prometida se resta a falta,
a vontade,
o amor.
Rafael Cunha
sexta-feira, 6 de julho de 2012
For
Se tudo fosse verdade,
juntos, agora, estaríamos sob o luar.
Forte, preenchidos de amor, querida.
Se fosse verdade, tudo assim, seria.
Meus braços quebrados em um nó de abraço.
Verdade, assim seria se tudo fosse.
Nos laços dos meus beijos em um toque.
Rafael Cunha
juntos, agora, estaríamos sob o luar.
Forte, preenchidos de amor, querida.
Se fosse verdade, tudo assim, seria.
Meus braços quebrados em um nó de abraço.
Verdade, assim seria se tudo fosse.
Nos laços dos meus beijos em um toque.
Rafael Cunha
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Luanda
Ontem estive em Luanda.
Caminhei entre suas ruas floridas de sonho,
mergulhei entre as águas límpidas dos copos gelados servidos.
Cavalheiros jogavam damas
ao encontro e desencontro dos seus corpos.
Suado os seus para eu também o dela jogar,
me convenci que nossos continentes se juntam com um beijo.
As ruas se curvam, os caminhos se encurtam,
com você,
Luanda.
Rafael Cunha
Caminhei entre suas ruas floridas de sonho,
mergulhei entre as águas límpidas dos copos gelados servidos.
Cavalheiros jogavam damas
ao encontro e desencontro dos seus corpos.
Suado os seus para eu também o dela jogar,
me convenci que nossos continentes se juntam com um beijo.
As ruas se curvam, os caminhos se encurtam,
com você,
Luanda.
Rafael Cunha
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Amado
Estou com saudades de ser o mais amado.
Mas hoje, somente, tudo dá errado.
Tenho vontade de sacudir tua opção.
Quero que veja, o quanto te amo então.
Odeio fazer, versos com rima,
mas o que escrevo vem tudo lá de cima,
meu coração, não tem mais espaço,
escrevo com a cabeça e pensando em nossos laços.
Amor me odeie, se tiver disposta,
quero que aprenda que não há resposta,
para um amor sacrificado por bandidos.
Você me ama até sem ter motivo.
Se tua coragem fosse o menestrel,
comigo estaria, junto aqui no céu.
Venha que eu estou de camisa abotoada,
meu coração só rolando a escada.
Me socorre sempre minha querida,
venha ser o amor da minha vida.
Amor me odeie, se tiver disposta,
quero que aprenda que não há resposta,
pro amor.
Rafael Cunha
Mas hoje, somente, tudo dá errado.
Tenho vontade de sacudir tua opção.
Quero que veja, o quanto te amo então.
Odeio fazer, versos com rima,
mas o que escrevo vem tudo lá de cima,
meu coração, não tem mais espaço,
escrevo com a cabeça e pensando em nossos laços.
Amor me odeie, se tiver disposta,
quero que aprenda que não há resposta,
para um amor sacrificado por bandidos.
Você me ama até sem ter motivo.
Se tua coragem fosse o menestrel,
comigo estaria, junto aqui no céu.
Venha que eu estou de camisa abotoada,
meu coração só rolando a escada.
Me socorre sempre minha querida,
venha ser o amor da minha vida.
Amor me odeie, se tiver disposta,
quero que aprenda que não há resposta,
pro amor.
Rafael Cunha
terça-feira, 26 de junho de 2012
Manhã
Não sabes a sorte que tens.
Acordá-la preguiçosa durante todas as manhãs,
dar-lhe um beijo discreto e receber um bom dia apaixonante.
Deixar que ela durma seus cinco minutos merecidos enquanto preparas o pão e o leite, quente.
Sorte a tua, desconhecido.
Que brinca com a barriga da mais bela, fingindo ali ter uma filha, Olívia.
Ela ri, enquanto eu, caio a chorar, por não ser eu, o ser desta felicidade.
Acordá-la pela segunda vez com as xícaras em mãos,
durante seu preparo matinal de beleza,
cabelos molhados,
jalecos engomados,
tens a sorte de tê-la bela.
Saboreia todo o leite que preparas. Sacia-se.
És uma pessoa de sorte.
Despedir-se com suas calças mais brochantes,
ainda assim fazer com que ela pense em você durante todo o dia.
Rafael Cunha
Acordá-la preguiçosa durante todas as manhãs,
dar-lhe um beijo discreto e receber um bom dia apaixonante.
Deixar que ela durma seus cinco minutos merecidos enquanto preparas o pão e o leite, quente.
Sorte a tua, desconhecido.
Que brinca com a barriga da mais bela, fingindo ali ter uma filha, Olívia.
Ela ri, enquanto eu, caio a chorar, por não ser eu, o ser desta felicidade.
Acordá-la pela segunda vez com as xícaras em mãos,
durante seu preparo matinal de beleza,
cabelos molhados,
jalecos engomados,
tens a sorte de tê-la bela.
Saboreia todo o leite que preparas. Sacia-se.
És uma pessoa de sorte.
Despedir-se com suas calças mais brochantes,
ainda assim fazer com que ela pense em você durante todo o dia.
Rafael Cunha
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Desastre
Os desafetos e os romances se acabaram em uma discussão rebaixada.
Acabou-se qualquer chance de volta ou pensamentos em um sonho.
Melancolia paira no frio de hoje.
O teto também é o meu amigo,
o nada, meu companheiro.
Fico triste em tudo se acabar.
Mas talvez tenha sido o melhor que fizemos.
Talvez não tenha sido o melhor.
Talvez.
Desde ontem seguirei.
Vou sentir saudades.
De você.
Preta.
Rafael Cunha
sábado, 23 de junho de 2012
Madrugada
Antes, quando juntos, éramos anjos.
Agora, quando juntos, somos monstros.
Ontem éramos amáveis,
fluíamos como a dança do sereno.
Hoje somos a tempestade de ofenças e tristezas.
Isso é a falta de respeito encarnada em uma traição.
A quebra de um vaso de amor jamais em conserto.
Cascos espalhados no chão com destino ao ralo dos nossos corações.
Rafael Cunha
Agora, quando juntos, somos monstros.
Ontem éramos amáveis,
fluíamos como a dança do sereno.
Hoje somos a tempestade de ofenças e tristezas.
Isso é a falta de respeito encarnada em uma traição.
A quebra de um vaso de amor jamais em conserto.
Cascos espalhados no chão com destino ao ralo dos nossos corações.
Rafael Cunha
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Visita
Hoje é um dia de garoa.
Hoje é um dia de visita.
Esteve sob meus olhos o sorriso de covas,
o quadrado de um rosto desenhado,
com idéias perfeitas, não caberia em uma moldura.
Por isso quem me visitou foi uma rainha e não uma princesa.
Por conta das suas lendas e suas vontades,
era uma mulher de verdade,
disfarçada sob seus óculos e lenços brancos de bolas que me encantaram.
Porém para cada rainha existe um rei,
e nesta história eu quem sou o plebeu.
Aquele que um dia sequer a tocará de um jeito qualquer.
Rafael Cunha
Hoje é um dia de visita.
Esteve sob meus olhos o sorriso de covas,
o quadrado de um rosto desenhado,
com idéias perfeitas, não caberia em uma moldura.
Por isso quem me visitou foi uma rainha e não uma princesa.
Por conta das suas lendas e suas vontades,
era uma mulher de verdade,
disfarçada sob seus óculos e lenços brancos de bolas que me encantaram.
Porém para cada rainha existe um rei,
e nesta história eu quem sou o plebeu.
Aquele que um dia sequer a tocará de um jeito qualquer.
Rafael Cunha
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Nadar
Adolescente eu me apaixonava por ela,
nas aulas nadávamos lado a lado,
e a cada respiração a via com meus óculos embassados.
Linda.
No descanso ela falava. Gosto de quando fala.
mesmo quando somente, hoje, responde.
Você preenche meus cantos vazios,
e me toma por inteiro como uma piscina de encharque.
Seus encantos superam minhas memórias,
eles cantam aos meus ouvidos
a doçura de um amor não compreendido.
Seu retorno é o meu trampolim,
é a piscina aquecida para o meu descanso.
A vontade de tê-la ao meu lado é o fôlego
que preciso para esperá-la até uma próxima estação.
Rafael Cunha
nas aulas nadávamos lado a lado,
e a cada respiração a via com meus óculos embassados.
Linda.
No descanso ela falava. Gosto de quando fala.
mesmo quando somente, hoje, responde.
Você preenche meus cantos vazios,
e me toma por inteiro como uma piscina de encharque.
Seus encantos superam minhas memórias,
eles cantam aos meus ouvidos
a doçura de um amor não compreendido.
Seu retorno é o meu trampolim,
é a piscina aquecida para o meu descanso.
A vontade de tê-la ao meu lado é o fôlego
que preciso para esperá-la até uma próxima estação.
Rafael Cunha
Peixe
Se eu fosse um peixe nadaria até a espia,
pernadava até a boca, chegar a casa e ao ensacador nele esperar.
Se eu fosse um peixe isso eu faria,
para um caiçara entre as três visitas me encontrar.
Me retirar sem fôlego,
escurecer minha visão,
para ele minha vida doar.
Encher suas canoas de outros eus,
ele sujar-se com minhas escamas,
navegar nos mares ao norte do seu sudeste em paz.
Voltar para casa feliz,
aportar seu flutuante nas lindas e esperadas marinas,
para com meu cheiro uma boa noite a sua filha lhe dar.
Rafael Cunha
pernadava até a boca, chegar a casa e ao ensacador nele esperar.
Se eu fosse um peixe isso eu faria,
para um caiçara entre as três visitas me encontrar.
Me retirar sem fôlego,
escurecer minha visão,
para ele minha vida doar.
Encher suas canoas de outros eus,
ele sujar-se com minhas escamas,
navegar nos mares ao norte do seu sudeste em paz.
Voltar para casa feliz,
aportar seu flutuante nas lindas e esperadas marinas,
para com meu cheiro uma boa noite a sua filha lhe dar.
Rafael Cunha
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Oz
Minhas tentavivas são inúmeras.
São palavras, são pensamentos para tentar uma sintonia.
E de nada funciona.
Pensei que fosse a força do querer eterno atingindo o limiar da frustração.
Mas tem dias que quero menos, assim mesmo sem respostas.
Me deixa triste o silêncio, as poucas palavras, desmotiva.
Penso hoje que este é o objetivo, não haver motivo para mais amor.
Fico triste em deixar que tudo passe como uma tempestade de Oz.
A cada dia preciso disfarçar minha covardia como um leão.
Penso sem foco como um espantalho sem cérebro.
Sou um Homem de Lata a procura todos os dias o meu coração perdido em uma terra de fantasia.
Rafael Cunha
São palavras, são pensamentos para tentar uma sintonia.
E de nada funciona.
Pensei que fosse a força do querer eterno atingindo o limiar da frustração.
Mas tem dias que quero menos, assim mesmo sem respostas.
Me deixa triste o silêncio, as poucas palavras, desmotiva.
Penso hoje que este é o objetivo, não haver motivo para mais amor.
Fico triste em deixar que tudo passe como uma tempestade de Oz.
A cada dia preciso disfarçar minha covardia como um leão.
Penso sem foco como um espantalho sem cérebro.
Sou um Homem de Lata a procura todos os dias o meu coração perdido em uma terra de fantasia.
Rafael Cunha
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Rodoviária
Estou de partida.
Indo para longe do nosso canto de amor,
passagem na mão para nunca mais voltar,
onde um dia o melhor abraço recebi, na chegada em uma rodoviária.
Vendi o fusquinha querido por nada,
doei todos meu móveis, inclusive a cama em que nos amávamos,
Nosso apartamento vazio devolvido,
dei todas minhas coisas para talvez um recomeço sem lembranças.
Era tudo que eu queria,
não voltar mais onde um dia fui feliz.
Porém da minha felicidade sobrou uma muda,
para o recomeço em outra cidade que tanto amo.
Rafael Cunha (na rodoviária de Botucatu-SP destino São Paulo-SP)
Indo para longe do nosso canto de amor,
passagem na mão para nunca mais voltar,
onde um dia o melhor abraço recebi, na chegada em uma rodoviária.
Vendi o fusquinha querido por nada,
doei todos meu móveis, inclusive a cama em que nos amávamos,
Nosso apartamento vazio devolvido,
dei todas minhas coisas para talvez um recomeço sem lembranças.
Era tudo que eu queria,
não voltar mais onde um dia fui feliz.
Porém da minha felicidade sobrou uma muda,
para o recomeço em outra cidade que tanto amo.
Rafael Cunha (na rodoviária de Botucatu-SP destino São Paulo-SP)
domingo, 17 de junho de 2012
Jantar
Abraçado por um boa noite da mulher dos mais belos olhos já vistos, dormi.
Antes acordado preparei o salgado das nossas conversas,
saciados da fome, envinados,
no deliciamos com a sobremesa de um sonho.
Camuflado, a ouvia criticar todos os filmes revistos.
Que bela mulher,
seus olhos me encantavam,
neles se via a alma de uma mulher feliz.
Continuada a saborear uvas fermentadas,
demoramos a nos cansar madrugada a dentro.
A cobri com o manto vermelho,
me despedi com um abraço tímido.
E o que sobrou do jantar,
foram os beijos de uma boca rocheada,
e o cheiro de um nariz perfeito.
Rafael Cunha
Antes acordado preparei o salgado das nossas conversas,
saciados da fome, envinados,
no deliciamos com a sobremesa de um sonho.
Camuflado, a ouvia criticar todos os filmes revistos.
Que bela mulher,
seus olhos me encantavam,
neles se via a alma de uma mulher feliz.
Continuada a saborear uvas fermentadas,
demoramos a nos cansar madrugada a dentro.
A cobri com o manto vermelho,
me despedi com um abraço tímido.
E o que sobrou do jantar,
foram os beijos de uma boca rocheada,
e o cheiro de um nariz perfeito.
Rafael Cunha
sábado, 16 de junho de 2012
Carta Resposta
Desculpe um dia não lhe mostrar o quanto te amo,
Perdoe-me em ter que me casar, não com você, meu amor.
Lamento não poder ser acordada todas as manhãs com um beijo seu.
Me orgulho de um dia ter sido feliz com você em noites e tardes serenas.
Hoje me revolta não ter conseguido ter assumido você.
Queria, você, o homem que brinca com minha filha,
vê-lo pela janela da cozinha saborear o barro no jardim com nossa pequena amada.
Ensiná-la nadar, a correr, acarinhar o rosto da mamãe antes de dormir.
Assumo que fui fraca em não corresponder seu amor,
bato no peito e digo quem foi a culpada por isso, eu triste.
Hoje é o dia do meu casamento, queria que você meu noivo fosse.
Beijar seus lábios carnudos depois de um sim.
Trazer seu cheiro pra minha alma. Aceitá-lo como és.
Rafa queria viver outra vida desta só pra te amar juntos,
te amei separados por causa de uma família, sacrificada.
Ao longe quando formos desencarnados,
me receba de braços abertos,
se eu lá estiver te receberei com meus braços abertos.
Eu te amo, e não posso ficar com você.
Mesmo a tristeza que me consome em não tê-lo por perto.
Peço para minhas borboletas tapadas levá-las ao vento.
Te amarei por mais mil vidas se assim for.
Rafael Cunha
Perdoe-me em ter que me casar, não com você, meu amor.
Lamento não poder ser acordada todas as manhãs com um beijo seu.
Me orgulho de um dia ter sido feliz com você em noites e tardes serenas.
Hoje me revolta não ter conseguido ter assumido você.
Queria, você, o homem que brinca com minha filha,
vê-lo pela janela da cozinha saborear o barro no jardim com nossa pequena amada.
Ensiná-la nadar, a correr, acarinhar o rosto da mamãe antes de dormir.
Assumo que fui fraca em não corresponder seu amor,
bato no peito e digo quem foi a culpada por isso, eu triste.
Hoje é o dia do meu casamento, queria que você meu noivo fosse.
Beijar seus lábios carnudos depois de um sim.
Trazer seu cheiro pra minha alma. Aceitá-lo como és.
Rafa queria viver outra vida desta só pra te amar juntos,
te amei separados por causa de uma família, sacrificada.
Ao longe quando formos desencarnados,
me receba de braços abertos,
se eu lá estiver te receberei com meus braços abertos.
Eu te amo, e não posso ficar com você.
Mesmo a tristeza que me consome em não tê-lo por perto.
Peço para minhas borboletas tapadas levá-las ao vento.
Te amarei por mais mil vidas se assim for.
Rafael Cunha
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Saudade
Saudade é quando não se deixa erguer,
é quando sufocado por um travesseiro não se deixa respirar.
Isso é a saudade.
Te faz deitar para não querer levantar,
te faz engolir invés de mastigar,
desatina a angústia em uma carta sequer que nunca chegará.
Saudade é esperar um retorno que nunca virá,
é se desconvidar de um futuro que está a te esperar.
Por isso é saudade.
Não há volta,
sem um toque,
nem um olhar.
Saudade o mata sem existir em carne,
ela quem rasga seu coração,
sem jamais se entregar ao outro que não o ama.
Rafael Cunha
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Querer
Dizem para não amá-la, mas te amo porque te quero.
Amo para sofrer a dor na sua partida.
E dizem para não amá-la.
Ainda mais quando partes sem motivos.
Amo mais por não entender os conflitos.
Desejo seus cabelos lavar,
desejo seus cabelos secar,
desejo você se deitar.
Festejo com sofrimento sua partida,
para pensar em cada momento
em que não vivemos juntos com amor
de um primeiro a saborear.
Rafael Cunha
Amo para sofrer a dor na sua partida.
E dizem para não amá-la.
Ainda mais quando partes sem motivos.
Amo mais por não entender os conflitos.
Desejo seus cabelos lavar,
desejo seus cabelos secar,
desejo você se deitar.
Festejo com sofrimento sua partida,
para pensar em cada momento
em que não vivemos juntos com amor
de um primeiro a saborear.
Rafael Cunha
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Cometa
Queria ser um cometa,
que risca os céus dos mil planetas de amores,
carinha sincero as estrelas por onde passa.
Mil olhos infinitos irão me ver,
sem me tocar, sem a maciez de uma pele qualquer,
seus olhos fixar, eu apaixonado surgir.
Debaixo da palmeira, a brisa com cheiro de vida eterniza no seu abraço.
E eu, cometa, irei apenas passar para um segundo dia, talvez, voltar.
Rafael Cunha
que risca os céus dos mil planetas de amores,
carinha sincero as estrelas por onde passa.
Mil olhos infinitos irão me ver,
sem me tocar, sem a maciez de uma pele qualquer,
seus olhos fixar, eu apaixonado surgir.
Debaixo da palmeira, a brisa com cheiro de vida eterniza no seu abraço.
E eu, cometa, irei apenas passar para um segundo dia, talvez, voltar.
Rafael Cunha
domingo, 3 de junho de 2012
São Paulo
São Paulo se não fosse um santo seria uma cidade,
mesmo sendo cidade e não um santo de nada feliz seria.
São Paulo não namoraria suas morenas de ternos,
ou as pretas de jaleco,
seria triste em poder jamais tocá-las em um sereno,
em saborear seus lábios pequenos, as amarguras de apenas ver passar as pernas de Danielas suas, em uma rua qualquer das suas veias, nunca deliciá-las mesmo que em um tropeço na queda de seus joelhos brancos.
A preta de jaleco, morena, pernas brancas e tão apaixonante que a cidade mesmo como um santo não resiste aos encantos de Daniela.
Rafael Cunha
mesmo sendo cidade e não um santo de nada feliz seria.
São Paulo não namoraria suas morenas de ternos,
ou as pretas de jaleco,
seria triste em poder jamais tocá-las em um sereno,
em saborear seus lábios pequenos, as amarguras de apenas ver passar as pernas de Danielas suas, em uma rua qualquer das suas veias, nunca deliciá-las mesmo que em um tropeço na queda de seus joelhos brancos.
A preta de jaleco, morena, pernas brancas e tão apaixonante que a cidade mesmo como um santo não resiste aos encantos de Daniela.
Rafael Cunha
terça-feira, 29 de maio de 2012
Preta
Espero ainda tocá-la uma única vez,
espero por quanto acorda-la sonolenta de uma noite cansativa.
Enluarar seus olhos para madrugar para o próximo plantão.
Queria ter tido a chance de cultivá-la no meu jardim de inverno.
mas seus frutos dispersaram para outros campos de hortências na primavera.
Hoje eu espero uma noite ou um dia de felicidade ao seu lado,
não quero que me ame, me odeie se isso for a vossa vontade,
mas me odeie com amor, com ódio de querer me amar e não poder.
Me arranque as roupas de dor pelo que um dia sentiu, desgraça-me.
deseja-me o mal, depois que me multilas depois pegue no meu armário
suas roupas dobradas, passadas e perfumadas, já eu terei que ir para o céus.
Mas o meu amor por você será eterno e presente neste mundo sem fim.
Rafael Cunha
espero por quanto acorda-la sonolenta de uma noite cansativa.
Enluarar seus olhos para madrugar para o próximo plantão.
Queria ter tido a chance de cultivá-la no meu jardim de inverno.
mas seus frutos dispersaram para outros campos de hortências na primavera.
Hoje eu espero uma noite ou um dia de felicidade ao seu lado,
não quero que me ame, me odeie se isso for a vossa vontade,
mas me odeie com amor, com ódio de querer me amar e não poder.
Me arranque as roupas de dor pelo que um dia sentiu, desgraça-me.
deseja-me o mal, depois que me multilas depois pegue no meu armário
suas roupas dobradas, passadas e perfumadas, já eu terei que ir para o céus.
Mas o meu amor por você será eterno e presente neste mundo sem fim.
Rafael Cunha
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Jardim
Suas borboletas voaram entre os perfumes dos meus lençóis,
As pretas terras revigoraram os meus colchões,
Fora contruido uma vila de amor entre meus travesseiros,
com casas, casarões, jardins e crianças na colheita de amoras doces.
Seu amor depois de passado, transformou-se em um dragão,
dizem alguns que assombra a vila, mas na minha versão,
é ele o protetor do amor que ali incide e não seja dispersado por outras ventanias.
Apenas sua chama recai como amor desta vila de quatro cantos.
Rafael Cunha
As pretas terras revigoraram os meus colchões,
Fora contruido uma vila de amor entre meus travesseiros,
com casas, casarões, jardins e crianças na colheita de amoras doces.
Seu amor depois de passado, transformou-se em um dragão,
dizem alguns que assombra a vila, mas na minha versão,
é ele o protetor do amor que ali incide e não seja dispersado por outras ventanias.
Apenas sua chama recai como amor desta vila de quatro cantos.
Rafael Cunha
Amores
Amor é assim, ou ele vem ou ele vai, se vem, vem de algum lugar e se vai, irá para algum outro lugar. Matematicamente estes dois amores se tornarão encontrados, isso é certo, um dia que seja, ele o infinito. Mas a alegria de saber que irão ser vividos novamente, torna a vida mais poderosa.
Rafael Cunha
Rafael Cunha
terça-feira, 22 de maio de 2012
Palhaço
- Escute! Estou nesta vida como espectador, de você palhaço,
não quero que me toques,
quero que faça-me rir e se eu chorar me console, doente.
Faça que todos riam da nossa presença,
mas deixe claro que eu não faço parte de você e você não faz a minha, nos completamos em um instante singular, sem nos tocarmos num abraço sequer.
Rafael Cunha
não quero que me toques,
quero que faça-me rir e se eu chorar me console, doente.
Faça que todos riam da nossa presença,
mas deixe claro que eu não faço parte de você e você não faz a minha, nos completamos em um instante singular, sem nos tocarmos num abraço sequer.
Rafael Cunha
segunda-feira, 19 de março de 2012
Ida de Gisele
Todas as histórias podem ser fantásticas,
ter todos os personagens,
ter amores,
horrores.
Todas as vezes chegado o fim Gisele nunca é encontrada.
É como se toda história caminhasse para o recomeço, sempre.
Não existe fim, não existe tristeza de um amor eterno,
somente o amor quente para reencontrar Gisele.
Ela nunca aparece, Ida vem sempre antes de Gisele.
Um amor de verdade é sempre o recomeço,
o amor eterno é apenas para os telespectadores sem coração.
Rafael Cunha
ter todos os personagens,
ter amores,
horrores.
Todas as vezes chegado o fim Gisele nunca é encontrada.
É como se toda história caminhasse para o recomeço, sempre.
Não existe fim, não existe tristeza de um amor eterno,
somente o amor quente para reencontrar Gisele.
Ela nunca aparece, Ida vem sempre antes de Gisele.
Um amor de verdade é sempre o recomeço,
o amor eterno é apenas para os telespectadores sem coração.
Rafael Cunha
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Novamente
Uma casinha,
um gramado com verdes gramas sem podar.
Um dia fresco, com a brisa beira mar.
Nossa filha de pés descalços pelas areias salgadas.
Te dar meu coração.
Assim amá-la pelas manhãs e a tarde nos casar,
Em uma noite de estrelas nos meus braços se deitar.
Pra sempre, em um poço de amor.
Rafael Cunha
um gramado com verdes gramas sem podar.
Um dia fresco, com a brisa beira mar.
Nossa filha de pés descalços pelas areias salgadas.
Te dar meu coração.
Assim amá-la pelas manhãs e a tarde nos casar,
Em uma noite de estrelas nos meus braços se deitar.
Pra sempre, em um poço de amor.
Rafael Cunha
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Caverna
Sempre fui apaixonado por você.
Estive sempre cravado em uma montanha de amor,
esperando pelo seu pouso.
Meu dragão amado,
quero o vento de suas asas,
o respiro quente da sua alma.
Serpentear o meu interior,
para depois voar com suas plumas de ouro.
Deslizar minhas paredes sobre suas escamas,
calar-te os sussurros,
te esquentar em uma tarde.
Continuo cravado em uma montanha de amor,
te esperando chegar.
Sem anéis, sem respostas, sem motivos,
apenas eu, esperando você e nossos amores para a caixa fechar.
Rafael Cunha
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Pela Tarde
Quando pra você se torna fácil,
Enquanto pra mim se torna tarde.
Com a tarde o pôr do Sol,
nossas cores de um dia após a tempestade, juntos.
A preta que sorri para a minha liberdade,
com a filha da minha alma,
eu e você,
a sós.
Te quero, ainda.
Comigo, na tarde.
Quando, não sei.
Meu amor.
Rafael Cunha
Enquanto pra mim se torna tarde.
Com a tarde o pôr do Sol,
nossas cores de um dia após a tempestade, juntos.
A preta que sorri para a minha liberdade,
com a filha da minha alma,
eu e você,
a sós.
Te quero, ainda.
Comigo, na tarde.
Quando, não sei.
Meu amor.
Rafael Cunha
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
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