Quero ter o corpo riscado por um lápis,
ser desenhado como queiras.
Pintado com guache,
para no próximo choro se apagar.
Desenha-me com suas mentiras,
a ambição e seu esquecimento.
Aponte o lápis.
Afie a ponta com seus outros amores.
Risque-me.
Reforce meus traços,
assim serei a cópia da sua ingratidão e superficialidade.
Pinte-me
Preencha-me com seu desgosto,
para todo amor se esgotar.
Somado a suas lágrimas de arrependimento,
e eu serei o novo desenho para outras peles de Marias.
Rafael Cunha
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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