terça-feira, 29 de maio de 2012

Preta

Espero ainda tocá-la uma única vez,
espero por quanto acorda-la sonolenta de uma noite cansativa.
Enluarar seus olhos para madrugar para o próximo plantão.
Queria ter tido a chance de cultivá-la no meu jardim de inverno.
mas seus frutos dispersaram para outros campos de hortências na primavera.

Hoje eu espero uma noite ou um dia de felicidade ao seu lado,
não quero que me ame, me odeie se isso for a vossa vontade,
mas me odeie com amor, com ódio de querer me amar e não poder.

Me arranque as roupas de dor pelo que um dia sentiu, desgraça-me.
deseja-me o mal, depois que me multilas depois pegue no meu armário
suas roupas dobradas, passadas e perfumadas, já eu terei que ir para o céus.
Mas o meu amor por você será eterno e presente neste mundo sem fim.


Rafael Cunha

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