Ontem descobri como ser metade.
Antes eu era inteiro, completo.
Dava chance a elas,
de conhecer o verdadeiro eu.
Disposto, recebi o recado de um beijo contra minha vontade.
Partiu meu coração ao meio,
quis fugir, mas decidi ficar
e usar uma das minhas metades partidas, e disfarçar.
Retirada a poeira, dancei.
Sangrando por dentro, beijei.
Debaixo da lua, sorri.
O seu corpo, bebi.
Percebi que as metades se regeneram,
criam outros corações.
Mais fortes, estes não se entregam em um vendaval.
Abrem janelas, e amam outros horizontes.
Metade é o que todos merecem de mim,
já de você não quero ter uma parte sequer.
Rafael Cunha
domingo, 28 de outubro de 2012
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