São Paulo se não fosse um santo seria uma cidade,
mesmo sendo cidade e não um santo de nada feliz seria.
São Paulo não namoraria suas morenas de ternos,
ou as pretas de jaleco,
seria triste em poder jamais tocá-las em um sereno,
em saborear seus lábios pequenos, as amarguras de apenas ver passar as pernas de Danielas suas, em uma rua qualquer das suas veias, nunca deliciá-las mesmo que em um tropeço na queda de seus joelhos brancos.
A preta de jaleco, morena, pernas brancas e tão apaixonante que a cidade mesmo como um santo não resiste aos encantos de Daniela.
Rafael Cunha
domingo, 3 de junho de 2012
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