sábado, 11 de agosto de 2012

Bruna

Queria que não fosse uma,
de tão longe seria pra mim, algo.
Derrotado pelo amor, a conheci, pluma.

Na queda do alto de uma árvore,
entre os meios das penas esmigalhadas por um gato, Bruna.
Sua queda como pluma, acompanha o sopro do vento,
entre as sombras das folhas,
rebatida entre os galhos e abraços de outros,
Cadência de suas vestes sopradas para a clareira.
Encosta em meus lábios, você, Bruna.

Só assim despertas o eu, nesta selva em galhos meu amor, pluma.



Rafael Cunha

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