Pior que o turbilhão da máquina de lavar é o capotamento.
São estilhaços de vidro, pernas quebradas,
batidas de cabeça e ferros retorcidos.
Sua história em segundos,
arrependimentos e convencimento de que todas as forças exercidas no carro para que ele parasse, foi justa e até certo ponto, efetiva.
Vendemos os carros para o desmanche mais próximo e depois nos tratamos em um espetáculo qualquer de nossas novas vidas.
Hoje me sinto pós-capotado.
Rafael Cunha
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Como pôde?
Parece fácil amar.
Todos os namorados se amam, e depois,
descobrem que nunca amaram.
Para querer ficar sozinhos sem os amados,
eu digo, nunca se amaram.
Rafael Cunha
Todos os namorados se amam, e depois,
descobrem que nunca amaram.
Para querer ficar sozinhos sem os amados,
eu digo, nunca se amaram.
Rafael Cunha
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Bailarina
Estou com saudades da ponta dos seus pés,
quero dançar agora suas curvas,
saltar seus antigos amores e acreditar na sua pureza.
Não são os josés e nem os pinhais que farão meu desejo desaparecer.
Vou eu subir no palco para gritar minha teimosia.
Quem sabe assim você também me deseje com este tanto de sotaque, dai.
Rafael Cunha
quero dançar agora suas curvas,
saltar seus antigos amores e acreditar na sua pureza.
Não são os josés e nem os pinhais que farão meu desejo desaparecer.
Vou eu subir no palco para gritar minha teimosia.
Quem sabe assim você também me deseje com este tanto de sotaque, dai.
Rafael Cunha
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Decepção
A minha vontade é nunca mais escrever.
Talvez só assim não entregarei minha alma a uma pessoa que não me ama.
Rafael Cunha
Rafael Cunha
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Janeiro
Ao invés de esperar janeiro,
comecemos a partir do estado.
Diga-me para adoçarmos o pão de açúcar,
afim de botar fogos em nossa relação.
Em um rio qualquer,
sempre terá um janeiro para o recomeço do nosso amor.
Rafael Cunha
comecemos a partir do estado.
Diga-me para adoçarmos o pão de açúcar,
afim de botar fogos em nossa relação.
Em um rio qualquer,
sempre terá um janeiro para o recomeço do nosso amor.
Rafael Cunha
domingo, 27 de setembro de 2009
Da Saúde
Eu amo você.
Sinto a falta dos seus cheiros.
Da sua boca com suas palavras.
Sua comida com suco e torta de limão.
Quero te carinhar, tocar seu rosto,
ver você fechar os olhos de paixão.
Se curvar de desejo.
Volta.
Vem fazer almoço.
Estamos atrasados.
Corra.
Não me deixe ir.
Puxa-me as mãos e me peça para com você ficar.
Rafael Cunha
Sinto a falta dos seus cheiros.
Da sua boca com suas palavras.
Sua comida com suco e torta de limão.
Quero te carinhar, tocar seu rosto,
ver você fechar os olhos de paixão.
Se curvar de desejo.
Volta.
Vem fazer almoço.
Estamos atrasados.
Corra.
Não me deixe ir.
Puxa-me as mãos e me peça para com você ficar.
Rafael Cunha
sábado, 26 de setembro de 2009
Temperada
Entre os bancos colchoados, todos os ingredientes.
Seu cheiro doce nos meus lábios, água minha boca.
Surge o estouro da sua goma.
- Venha e estoure minhas vontades.
Percorra a estrada ao meu lado.
Abasteça seu novo amor e infla-me com seus beijos.
E eu vou te querer para todo o sempre.
Rafael Cunha
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Contrato do Reamar
Somos feitos um para o outro.
Temos defeitos, ira, desejos e vontades.
Nosso amar é assim, louco.
É vontade de ter e não querer.
É desejar o toque e evitá-lo.
Ter orgulho numa ira qualquer e sem importância.
Ter todos os defeitos que um grande amor pode ter.
Nosso maior e grande amor pode ter defeitos.
Estes são a matéria para que o amor pegue fogo, para nos lançarmos ao vento, desafiarmos gigantes em lugares fantásticos para no final vencermos com nossos beijos apaixonados.
Me perdôe.
Sou seu amante incondicional. É você quem eu quero.
Me delicie com sua voz e seu sorriso apaixonado.
Te esperarei, durante toda a madrugada fria, embriagada.
Vou confiá-la sem perguntas.
Reamar você todos os dias, como uma paixão de Romeu para reconquistar o seu amor.
Resgate seu amor.
Não cubra-o com noites desvairadas e amores mentirosos.
Se enterrá-lo, ele nascerá ainda mais forte e certamente não haverá minhas mãos para colhê-los como nesta primavera e se amá-los nunca será tão verdadeiro como o nosso amor.
Venha pra casa hoje.
Durma nos meus lençóis brancos, lhe dou meus três travesseiros.
Serei o sentinela dos seus sonhos, para somente os mais legais surgirem.
Não vou acordá-la. Não vou tocá-la.
Vou amá-la com meus desejos.
Pensar que amanhã, você irá acordar e sussurrar para mim ainda sonhando:
- Amor, eu te amo.
Rafael Cunha
Temos defeitos, ira, desejos e vontades.
Nosso amar é assim, louco.
É vontade de ter e não querer.
É desejar o toque e evitá-lo.
Ter orgulho numa ira qualquer e sem importância.
Ter todos os defeitos que um grande amor pode ter.
Nosso maior e grande amor pode ter defeitos.
Estes são a matéria para que o amor pegue fogo, para nos lançarmos ao vento, desafiarmos gigantes em lugares fantásticos para no final vencermos com nossos beijos apaixonados.
Me perdôe.
Sou seu amante incondicional. É você quem eu quero.
Me delicie com sua voz e seu sorriso apaixonado.
Te esperarei, durante toda a madrugada fria, embriagada.
Vou confiá-la sem perguntas.
Reamar você todos os dias, como uma paixão de Romeu para reconquistar o seu amor.
Resgate seu amor.
Não cubra-o com noites desvairadas e amores mentirosos.
Se enterrá-lo, ele nascerá ainda mais forte e certamente não haverá minhas mãos para colhê-los como nesta primavera e se amá-los nunca será tão verdadeiro como o nosso amor.
Venha pra casa hoje.
Durma nos meus lençóis brancos, lhe dou meus três travesseiros.
Serei o sentinela dos seus sonhos, para somente os mais legais surgirem.
Não vou acordá-la. Não vou tocá-la.
Vou amá-la com meus desejos.
Pensar que amanhã, você irá acordar e sussurrar para mim ainda sonhando:
- Amor, eu te amo.
Rafael Cunha
sábado, 19 de setembro de 2009
Noite
Se um dia me deixar,
que repita antes, a noite de hoje.
Olhe nos meus olhos com o brilho, de quando, em um bar.
Satisfaça minha fome em te amar.
Um silêncio teu, para depois me querer e roncar em meus braços.
Quando o despertador tocar, pegue o meu sonho e o saboreie no café da manhã.
Rafael Cunha
que repita antes, a noite de hoje.
Olhe nos meus olhos com o brilho, de quando, em um bar.
Satisfaça minha fome em te amar.
Um silêncio teu, para depois me querer e roncar em meus braços.
Quando o despertador tocar, pegue o meu sonho e o saboreie no café da manhã.
Rafael Cunha
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Na Cozinha
Vamos dançar?
Dançar nos azulejos, na casa, grudados sem rejunte.
Entre as panelas em ebulição,
condensar meu suor no teu rosto.
Picar as salsas.
Chorar com as cebolas.
Adoçarmos um ao outro como o mel do meu amor.
Sentir tua respiração no meu beijo lento,
poder inspirar você e estufar meu peito de paixão.
Quero tua boca macia com a voz encantadora.
Dance comigo.
Tire teu sapato.
Para os calos se calarem nas nossas valsas.
Toque os calcanhares em minhas pernas.
Me ame como se o passado não existisse.
Acompanhe meus passos até a última nota desta partitura.
Rafael Cunha
Dançar nos azulejos, na casa, grudados sem rejunte.
Entre as panelas em ebulição,
condensar meu suor no teu rosto.
Picar as salsas.
Chorar com as cebolas.
Adoçarmos um ao outro como o mel do meu amor.
Sentir tua respiração no meu beijo lento,
poder inspirar você e estufar meu peito de paixão.
Quero tua boca macia com a voz encantadora.
Dance comigo.
Tire teu sapato.
Para os calos se calarem nas nossas valsas.
Toque os calcanhares em minhas pernas.
Me ame como se o passado não existisse.
Acompanhe meus passos até a última nota desta partitura.
Rafael Cunha
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Final de Semana
Quero me banhar com músicas tocadas.
Lhe dar flores,
e com você aprecia-las vivas nas campinas,
em seus caules verdes e vigorosos.
Rafael Cunha
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Comentário
A conheci em um comentário.
De longe, apreciava suas covas e sua voz musicada.
Eu faria novas provas por ela, só para na sua cidade morar.
Nela, eu esbarraria os corredores,
a levaria para ver o pôr-do-sol,
venceria o ócio para vê-la sorrir.
Moraria com um barão,
herdaria seu palacete,
e dele faria um castelo,
para ela reinar, amada.
- Lembre-a que na próxima tempestade eu vou dar meu guarda-chuva a um estranho. E na chuva com ela eu ficarei.
Rafael Cunha
De longe, apreciava suas covas e sua voz musicada.
Eu faria novas provas por ela, só para na sua cidade morar.
Nela, eu esbarraria os corredores,
a levaria para ver o pôr-do-sol,
venceria o ócio para vê-la sorrir.
Moraria com um barão,
herdaria seu palacete,
e dele faria um castelo,
para ela reinar, amada.
- Lembre-a que na próxima tempestade eu vou dar meu guarda-chuva a um estranho. E na chuva com ela eu ficarei.
Rafael Cunha
sábado, 5 de setembro de 2009
Educação
Minha professora ficou pra trás.
Me ensinou a socar o vento e a sorrir para o espelho.
A sua fará a mesma coisa,
irá ensinar-te a se gostar e que as maiores guerras são contra si mesmo.
E no fim nos deixarão por elas apaixonados por algo que nunca existiu.
Rafael Cunha
Me ensinou a socar o vento e a sorrir para o espelho.
A sua fará a mesma coisa,
irá ensinar-te a se gostar e que as maiores guerras são contra si mesmo.
E no fim nos deixarão por elas apaixonados por algo que nunca existiu.
Rafael Cunha
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Mulher sem meia
Depois de hoje, o que me resta é fazer silêncio.
Deixei-me corroer as entranhas por você.
Devorei as tulipas, arranquei as acácias e reforcei as hortências.
Fiz mudas, reguei-as inteiras.
Amarrei-as os botões,
descartei as folhas secas de outras árvores.
E agora que cresce,
desiste como o estouro de uma vagem.
Rafael Cunha
Deixei-me corroer as entranhas por você.
Devorei as tulipas, arranquei as acácias e reforcei as hortências.
Fiz mudas, reguei-as inteiras.
Amarrei-as os botões,
descartei as folhas secas de outras árvores.
E agora que cresce,
desiste como o estouro de uma vagem.
Rafael Cunha
domingo, 30 de agosto de 2009
Catarina
Eu disse para não cantar as suas paixões.
Pedi para que não houvesse encanto,
não gritar o canto para eu cair em um mergulho sem fim.
Rafael Cunha
Pedi para que não houvesse encanto,
não gritar o canto para eu cair em um mergulho sem fim.
Rafael Cunha
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Vontade
Quero sentir a direção dos seus olhos,
tocá-la em seus dedos.
Sussurrar em seus ouvidos o meu respiro.
Ouvir sua voz em uma noite de ventania.
Para depois, transpor os meus sonhos e transformá-los em realidade.
Rafael Cunha
tocá-la em seus dedos.
Sussurrar em seus ouvidos o meu respiro.
Ouvir sua voz em uma noite de ventania.
Para depois, transpor os meus sonhos e transformá-los em realidade.
Rafael Cunha
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Agora Sou Eu
Me senti na obrigação de vir escrever sobre as pessoas amigas que andam vasculhando o "paramulherflores.blogspot.com".
A todos os leitores e leitoras de Israel, Portugal, Estados Unidos, México e Brasil, fica aqui meu agradecimento por vocês contribuírem com suas visitas.
Isso me alimenta e faz com que ele tenha textos cada vez melhores.
=)
Beijos a Todos.
Rafael Cunha
A todos os leitores e leitoras de Israel, Portugal, Estados Unidos, México e Brasil, fica aqui meu agradecimento por vocês contribuírem com suas visitas.
Isso me alimenta e faz com que ele tenha textos cada vez melhores.
=)
Beijos a Todos.
Rafael Cunha
terça-feira, 25 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Professora
- Ensina-me flexionar as pernas?
Aproveite e mostra-me um sorrir em qualquer brincadeira.
Sugiro que vendemos os olhos para, entre tantos, sentir somente nós.
Me ensine a dançar?
Debaixo de chuva ou na sala de nossas casas, dançar até o amanhecer.
Posso pedir que ajude-me escrever uma carta.
Na cartilha quero somente palavras de amor, depois poderei manda-los em cartões-postais para sua casa.
Depois de tudo lhe darei maçãs, como graça.
Devore-as, e em cada pedaço, lubrifique seus lábios com a polpa.
Para na próxima aula, você continuar a falar em meus ouvidos.
Rafael Cunha
Aproveite e mostra-me um sorrir em qualquer brincadeira.
Sugiro que vendemos os olhos para, entre tantos, sentir somente nós.
Me ensine a dançar?
Debaixo de chuva ou na sala de nossas casas, dançar até o amanhecer.
Posso pedir que ajude-me escrever uma carta.
Na cartilha quero somente palavras de amor, depois poderei manda-los em cartões-postais para sua casa.
Depois de tudo lhe darei maçãs, como graça.
Devore-as, e em cada pedaço, lubrifique seus lábios com a polpa.
Para na próxima aula, você continuar a falar em meus ouvidos.
Rafael Cunha
omni bus
Ela estava ali para se apreciar.
Para seus sorrisos ver no meu sono.
E em meus sonhos a sua voz, ouvir.
Em seus braços me imaginar.
E numa fila qualquer,
descobrir que deste sonho não acordarei jamais.
Rafael Cunha
Para seus sorrisos ver no meu sono.
E em meus sonhos a sua voz, ouvir.
Em seus braços me imaginar.
E numa fila qualquer,
descobrir que deste sonho não acordarei jamais.
Rafael Cunha
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Avante
Eu sou a companhia para a sua solidão.
Para quando ela não estiver, me largar junto as lembranças das cidades em que nunca esteve.
Rafael Cunha
Para quando ela não estiver, me largar junto as lembranças das cidades em que nunca esteve.
Rafael Cunha
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Cheiro de Chuva
Queria que não houvesse mentira.
Poderia Deus ter criado o mundo sem ela.
- A outra a maça não me daria, na sua falta, me envenenaria com a uva fermentada, para eu bêbado não sentir a água gelada da ressaca, o gosto do vômito na sua boca ou o escarro de um presente cheio de mentiras embrulhados com ingratidão e laços de traição.
Mas ele a criou e deu uma porção a todos os seres, para se afogarem em suas línguas e desintegrarem com seu orgulho.
- Eu prefiro as sóbrias, que respiram a terra, que cheiram perfumes e disfarçam o que há de podre no seu amor mentiroso.
Rafael Cunha
Poderia Deus ter criado o mundo sem ela.
- A outra a maça não me daria, na sua falta, me envenenaria com a uva fermentada, para eu bêbado não sentir a água gelada da ressaca, o gosto do vômito na sua boca ou o escarro de um presente cheio de mentiras embrulhados com ingratidão e laços de traição.
Mas ele a criou e deu uma porção a todos os seres, para se afogarem em suas línguas e desintegrarem com seu orgulho.
- Eu prefiro as sóbrias, que respiram a terra, que cheiram perfumes e disfarçam o que há de podre no seu amor mentiroso.
Rafael Cunha
Ausência
Se não fosse por você, estaríamos nos amando,
estaria escrevendo lindos poemas.
Meu jejum chegaria ao fim com seu sorriso.
Se isso fosse, este poema não existiria.
Rafael Cunha
estaria escrevendo lindos poemas.
Meu jejum chegaria ao fim com seu sorriso.
Se isso fosse, este poema não existiria.
Rafael Cunha
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Crescer
Entre teus cachos não alisados,
prefiro o aroma perfumado do suor no teu ombro.
Com doses em vestidos verdes,
suaria os gelos em desespero, em teu degelo.
Colheria suas lágrimas de alegria em um casamento qualquer de nossas felicidades.
Rafael Cunha
prefiro o aroma perfumado do suor no teu ombro.
Com doses em vestidos verdes,
suaria os gelos em desespero, em teu degelo.
Colheria suas lágrimas de alegria em um casamento qualquer de nossas felicidades.
Rafael Cunha
domingo, 9 de agosto de 2009
Volta
Hoje, renasci sob a lua cheia de pastos.
Me engasguei com o suco do seu corpo,
para depois soluçar alegria em estar entre seus braços.
Sugar sua alma com chocolate.
Olhar seus olhos no meu respiro.
Agarrar seu dedo, como esmola para um faminto de amor.
- Se me fizeste surgir como uma folha, uma alga, uma poeira, seria injusto. Mas descobri-la entre tantas outras, é querer me fazer amar por mais mil vidas.
Rafael Cunha
Me engasguei com o suco do seu corpo,
para depois soluçar alegria em estar entre seus braços.
Sugar sua alma com chocolate.
Olhar seus olhos no meu respiro.
Agarrar seu dedo, como esmola para um faminto de amor.
- Se me fizeste surgir como uma folha, uma alga, uma poeira, seria injusto. Mas descobri-la entre tantas outras, é querer me fazer amar por mais mil vidas.
Rafael Cunha
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Reencarnar
Entre todas as flores, você é aquela que se desmancha em pétalas ao ser tocada.
Se eu tiver a opção na escolha, faria o seguinte:
- Não vou ser outra, para só assim, amá-la.
Serei então, a ave que poliniza seu ventre doce para os frutos gerar,
a que suga seu néctar e nunca sacia.
Quero poder te despir com o vento das minhas asas e amar-te até a próxima primavera.
Não existe amor entre flores.
Somente o encanto entre os beija-flores,
e a inveja dos pardais.
Rafael Cunha
Se eu tiver a opção na escolha, faria o seguinte:
- Não vou ser outra, para só assim, amá-la.
Serei então, a ave que poliniza seu ventre doce para os frutos gerar,
a que suga seu néctar e nunca sacia.
Quero poder te despir com o vento das minhas asas e amar-te até a próxima primavera.
Não existe amor entre flores.
Somente o encanto entre os beija-flores,
e a inveja dos pardais.
Rafael Cunha
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Legionário
Queria, eu, ter sido um guerreiro nas cruzadas.
Teria invadido o oriente.
Conquistado todos os povos, só pra te amar.
Roubado você, e entre nós, apenas eu como escravo.
Enfrentaria todos os leões de marrocos,
definharia as serpentes da tua terra,
regaria as árvores para a sombra do teu sossego.
Te protegeria com meus escudos.
Roma e todos os meus castelos seriam teus.
De todas as histórias, eu, é o que resta.
Rafael Cunha
Teria invadido o oriente.
Conquistado todos os povos, só pra te amar.
Roubado você, e entre nós, apenas eu como escravo.
Enfrentaria todos os leões de marrocos,
definharia as serpentes da tua terra,
regaria as árvores para a sombra do teu sossego.
Te protegeria com meus escudos.
Roma e todos os meus castelos seriam teus.
De todas as histórias, eu, é o que resta.
Rafael Cunha
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Minúscula
se um dia os meus olhos se apagarem,
será para sentir se você ainda está por perto.
caso os meus olhos não voltem a abrir,
terá sido pela sua ausência.
se minhas mãos continuarem quentes,
me dê um beijo.
se meus pés estiverem gelados,
cubra-os.
caso sinta a minha falta,
não voltarei jamais.
De saudade.
Rafael Cunha
será para sentir se você ainda está por perto.
caso os meus olhos não voltem a abrir,
terá sido pela sua ausência.
se minhas mãos continuarem quentes,
me dê um beijo.
se meus pés estiverem gelados,
cubra-os.
caso sinta a minha falta,
não voltarei jamais.
De saudade.
Rafael Cunha
domingo, 26 de julho de 2009
Agora sou eu 2.
Leitores,
Quero antes de tudo agradecer a todos vocês que acessam o "paramulherflores", aos que comentam, aos que leêm ou pelo menos tentam.
Tudo que escrevi até hoje é sobre um homem na descoberta do amor até ao abandono da pessoa amada vinda com a sua morte - vide ex. poema "Fim" - e relação pós-morte com os amores que este homem deixou em vida - vide ex. poema "Suspiro" e "Sobrevida". Não quero explicar meus poemas, cada um deles são fontes de satisfação independente de quem os lê, mas que saibam que as histórias são reais e são sentimentos verdadeiros de quem o escreve. Não sou ator para fingi-los, são reais.
Agradeço também as mulheres que me inspiraram e fizeram com que eu descobrisse diferentes sentimentos nos pouquíssimos minutos de inspiração, afinal a maioria de vocês são dignas de versos e frases de amor, enquanto outras, tem poema como um "Obrigado".
Hoje descobri que não existe novos amores, mas pessoas que nos fazem lembrar como é amar como antigamente.
"Lembro de suas três borboletas em suas costas voando em sentidos diferentes, e o encontro delas na minha cachoeira de alegria."
Rafael Cunha
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Visto de Cima
Prefiro ver um filme.
Aquele que é revelado quimicamente.
O outro não existe.
Neste a projeção é um espetáculo,
sua tela é luminosa do centro, em degradê, aos cantos escuros.
Nele as lagartas alcançam o topo para virarem borboletas,
também ao topo chegam as girafas para seus brotos comerem.
Algumas tigresas se banham nos riachos,
como as gatas, ronronam ao ser acariciada em uma calçada qualquer.
E aos meninos telespectadores sem espaço,
entre braços de uma cadeira,
resta o esparramo em um final feliz.
Rafael Cunha
Aquele que é revelado quimicamente.
O outro não existe.
Neste a projeção é um espetáculo,
sua tela é luminosa do centro, em degradê, aos cantos escuros.
Nele as lagartas alcançam o topo para virarem borboletas,
também ao topo chegam as girafas para seus brotos comerem.
Algumas tigresas se banham nos riachos,
como as gatas, ronronam ao ser acariciada em uma calçada qualquer.
E aos meninos telespectadores sem espaço,
entre braços de uma cadeira,
resta o esparramo em um final feliz.
Rafael Cunha
terça-feira, 21 de julho de 2009
Junina
No meio da fogueira suas tranças enrolam minhas pernas.
Entre as barracas, sorri as suas covas.
Suas mãos geladas, com uma só luva, para a outra eu esquentar.
Olhos pequenos, me engolem com seu amor.
Sorri em meus ouvidos.
Toca o meu rosto e me deixa para a brasa queimar.
Rafael Cunha
Entre as barracas, sorri as suas covas.
Suas mãos geladas, com uma só luva, para a outra eu esquentar.
Olhos pequenos, me engolem com seu amor.
Sorri em meus ouvidos.
Toca o meu rosto e me deixa para a brasa queimar.
Rafael Cunha
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Prosa
Ah se eu amasse como um Francisco.
Os meus olhos seriam azuis,
minha pele branca e eu, jogaria futebol.
Sentaria numa roda de samba e cantaria todas as letras.
Saberia o tom do cavaco.
Daria mil risos para cada morena que passasse.
Mesmo não bebendo,
colocaria meu copo na mesa só para a espuma baixar.
Iria deixá-lo esquentar para ver seu suor escorrer.
A água do vento na mesa de ferro, tudo para vê-la surgir.
- Escorra e pingue em minhas pernas, molhe minhas coxas.
Deixe que o repique repita as frases, e eu sua melodia.
És vaidosa Maria. Cada dia és uma.
Que todas riam dos meus barrancos.
Pelos seus encantos, meu samba não tem rima.
Até que eu tenha uma de suas Marias.
Rafael Cunha
Os meus olhos seriam azuis,
minha pele branca e eu, jogaria futebol.
Sentaria numa roda de samba e cantaria todas as letras.
Saberia o tom do cavaco.
Daria mil risos para cada morena que passasse.
Mesmo não bebendo,
colocaria meu copo na mesa só para a espuma baixar.
Iria deixá-lo esquentar para ver seu suor escorrer.
A água do vento na mesa de ferro, tudo para vê-la surgir.
- Escorra e pingue em minhas pernas, molhe minhas coxas.
Deixe que o repique repita as frases, e eu sua melodia.
És vaidosa Maria. Cada dia és uma.
Que todas riam dos meus barrancos.
Pelos seus encantos, meu samba não tem rima.
Até que eu tenha uma de suas Marias.
Rafael Cunha
domingo, 19 de julho de 2009
Particípio Passado
Sinto falta das suas palavras.
Aqui, longe, eu esquento as águas para seus pés escaldar.
Regava, antes, os outros para depois te beijar entre os dedos.
Colhia em você, os sorrisos e sons dispersos no meu travesseiro.
Te embrulhava para a noite fria.
Hoje, me resta acarinhar seus ouvidos para te ver dormir.
Rafael Cunha
Aqui, longe, eu esquento as águas para seus pés escaldar.
Regava, antes, os outros para depois te beijar entre os dedos.
Colhia em você, os sorrisos e sons dispersos no meu travesseiro.
Te embrulhava para a noite fria.
Hoje, me resta acarinhar seus ouvidos para te ver dormir.
Rafael Cunha
terça-feira, 14 de julho de 2009
Decomposto
Entre unhas claras e com cores,
prefiro aquelas que são cores.
Suave, em dedos longos.
Neles brilham as jóias orientais,
e ofuscam os meus sentidos.
- A amo como uma figueira ama sua copa.
A amo como um baralho ama o seu copas.
Mais que todas elas.
Mais que todos eles.
Suas mãos me eleva em coma profundo.
Bambaleia as palavras para seu agrado.
Mesmo com a minha morte,
o meu amor vira romã, para enfim, saboreá-lo.
Rafael Cunha
prefiro aquelas que são cores.
Suave, em dedos longos.
Neles brilham as jóias orientais,
e ofuscam os meus sentidos.
- A amo como uma figueira ama sua copa.
A amo como um baralho ama o seu copas.
Mais que todas elas.
Mais que todos eles.
Suas mãos me eleva em coma profundo.
Bambaleia as palavras para seu agrado.
Mesmo com a minha morte,
o meu amor vira romã, para enfim, saboreá-lo.
Rafael Cunha
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Desamor
Em dó maior.
É me amando como se fosse o primeiro.
Me expulsando como se fosse o último.
Me embriagando como se eu fosse um servo.
E me enlouquecendo como se eu fosse Hamlet.
- Ofélia do Líbano.
Namora os meus lábios em sua pele.
Olha-me como se eu existisse nos seus sonhos.
Toca-me com a areia quente do seu deserto.
Delicia-me com suas tâmaras.
Deite-se e flutue nos meus olhos salgados de tanta lágrima.
Escorra seus cílios no meu rosto.
Enxugue meu suor com seus cabelos pretos.
Lava-me com seus olhos,
percorra em mim cada espaço.
Desapareça com todas as águas.
E só assim o sal voará junto a maresia do entardecer.
Deixarei meus ombros a mostra, para seu encanto.
Eu limpo, descansarei em paz.
Rafael Cunha
É me amando como se fosse o primeiro.
Me expulsando como se fosse o último.
Me embriagando como se eu fosse um servo.
E me enlouquecendo como se eu fosse Hamlet.
- Ofélia do Líbano.
Namora os meus lábios em sua pele.
Olha-me como se eu existisse nos seus sonhos.
Toca-me com a areia quente do seu deserto.
Delicia-me com suas tâmaras.
Deite-se e flutue nos meus olhos salgados de tanta lágrima.
Escorra seus cílios no meu rosto.
Enxugue meu suor com seus cabelos pretos.
Lava-me com seus olhos,
percorra em mim cada espaço.
Desapareça com todas as águas.
E só assim o sal voará junto a maresia do entardecer.
Deixarei meus ombros a mostra, para seu encanto.
Eu limpo, descansarei em paz.
Rafael Cunha
terça-feira, 7 de julho de 2009
1973
Nove meses antes de me parir,
pedi a minha mãe que eu fizesse uma visita.
Desembarquei no encontro em uma grande casa.
Uma piscina branca em forma de tanque,
jardins a sua volta,
mulheres com biquínis baixos.
Com a água da piscina esverdeada.
Eu de canto via o afago do casal na piscina,
o mergulho, o toque liso na pele daquela mulher.
Com seus cabelos escuros molhados,
mais lindo que eles, só eram as sombrancelhas.
Neste dia ele se lambuzou,
e ela foi engolida pelo amor.
- E eu vim por esta razão.
Do amor ao toque.
Ser todos os dois.
Rafael Cunha
pedi a minha mãe que eu fizesse uma visita.
Desembarquei no encontro em uma grande casa.
Uma piscina branca em forma de tanque,
jardins a sua volta,
mulheres com biquínis baixos.
Com a água da piscina esverdeada.
Eu de canto via o afago do casal na piscina,
o mergulho, o toque liso na pele daquela mulher.
Com seus cabelos escuros molhados,
mais lindo que eles, só eram as sombrancelhas.
Neste dia ele se lambuzou,
e ela foi engolida pelo amor.
- E eu vim por esta razão.
Do amor ao toque.
Ser todos os dois.
Rafael Cunha
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Mito
Apaixonado por uma fada.
A fada de quem eu falo desbarrancou junto ao ônibus no Chile.
Se foi com mais nove almas.
Eu havia lhe separado presentes.
Perfume, flores, prata, ouro e um punhado de maçãs.
Não a encontrei novamente.
Apareceu para uma outra parte de mim.
Ela lhe deu boas vindas,
e apresentou-lhe o destino.
Com cheiro de jasmim cruzou suas pernas,
brilhou as pratas e ouro do seu colo com seus olhos de topázio .
As flores em seus cabelos, marcaram o caminho com pétalas.
Veio avisar de que o caminho está pronto.
Me espera para partir.
- E para quem fica. Uma boa sorte.
Rafael Cunha
A fada de quem eu falo desbarrancou junto ao ônibus no Chile.
Se foi com mais nove almas.
Eu havia lhe separado presentes.
Perfume, flores, prata, ouro e um punhado de maçãs.
Não a encontrei novamente.
Apareceu para uma outra parte de mim.
Ela lhe deu boas vindas,
e apresentou-lhe o destino.
Com cheiro de jasmim cruzou suas pernas,
brilhou as pratas e ouro do seu colo com seus olhos de topázio .
As flores em seus cabelos, marcaram o caminho com pétalas.
Veio avisar de que o caminho está pronto.
Me espera para partir.
- E para quem fica. Uma boa sorte.
Rafael Cunha
sábado, 27 de junho de 2009
Verde
Esta é a mulher de verdade.
Soa de um jeito suave aos ouvidos, mesmo com sons altos.
Corre delicadamente na direção do fogo,
e me ama todos os dias em diferentes lugares.
Corajosa, arde com o amor,
renasce nas cinzas como um dragão.
Voa nos meus céus de desejos,
e me entorpece com as papoulas do seu jardim.
Faz de mim um anfíbio,
para viver entre as águas e a terra.
Seduz meus olhos nesta terra de faz de conta.
Para me fazer perder na realidade.
Grita para os outros, todo o amor que tens por mim.
Rafael Cunha
Soa de um jeito suave aos ouvidos, mesmo com sons altos.
Corre delicadamente na direção do fogo,
e me ama todos os dias em diferentes lugares.
Corajosa, arde com o amor,
renasce nas cinzas como um dragão.
Voa nos meus céus de desejos,
e me entorpece com as papoulas do seu jardim.
Faz de mim um anfíbio,
para viver entre as águas e a terra.
Seduz meus olhos nesta terra de faz de conta.
Para me fazer perder na realidade.
Grita para os outros, todo o amor que tens por mim.
Rafael Cunha
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Loteria
Ela é pintada.
Pede para que eu jogue todos os meus amores no seu cofre.
Pede para lotar sua alma de alegria e moedas.
Compara minhas notas, para ver o quão és verdadeira.
Aceita meu sorriso, com bons ares, o devolve com um bom dia.
Rafael Cunha
Pede para que eu jogue todos os meus amores no seu cofre.
Pede para lotar sua alma de alegria e moedas.
Compara minhas notas, para ver o quão és verdadeira.
Aceita meu sorriso, com bons ares, o devolve com um bom dia.
Rafael Cunha
terça-feira, 16 de junho de 2009
Recordações
Depois que nossas almas se esvairam pelas ventanias,
somos dispostos ao relento.
Viramos o sereno da noite estrelada
e o orvalho das gramas brancas pela manhã.
Para depois evaporar com o calor das suas pernas.
Rafael Cunha
somos dispostos ao relento.
Viramos o sereno da noite estrelada
e o orvalho das gramas brancas pela manhã.
Para depois evaporar com o calor das suas pernas.
Rafael Cunha
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Istambul
Nos topos de ponta de cebolas.
Nas abóbadas de abóboras misturadas a sementes salgadas pelo mar.
Deliciosa é sua forma.
Lá longe, ali parada, ela fala com os pequenos querubins em suas lâmpadas pedindo para que eu volte para seus braços.
Com misericórdia, urra para que eu deite em seu colo.
Quer que eu volte para o expirar no seu pescoço e o sopro no seu ouvido.
Sussurra para os anjos.
Pede a eles segredo.
Já que, anos nos separam e outras vidas nos atormentam.
Eu digo:
- Volto com uma condição.
Que me ame até o último sentido. Me queira até o último gole.
Deseja-me para o sempre, como eu cego querendo ver, como eu surdo querendo ouvir, como eu morto querendo viver para ter-te mais uma única vez.
Rafael Cunha
Nas abóbadas de abóboras misturadas a sementes salgadas pelo mar.
Deliciosa é sua forma.
Lá longe, ali parada, ela fala com os pequenos querubins em suas lâmpadas pedindo para que eu volte para seus braços.
Com misericórdia, urra para que eu deite em seu colo.
Quer que eu volte para o expirar no seu pescoço e o sopro no seu ouvido.
Sussurra para os anjos.
Pede a eles segredo.
Já que, anos nos separam e outras vidas nos atormentam.
Eu digo:
- Volto com uma condição.
Que me ame até o último sentido. Me queira até o último gole.
Deseja-me para o sempre, como eu cego querendo ver, como eu surdo querendo ouvir, como eu morto querendo viver para ter-te mais uma única vez.
Rafael Cunha
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Sustentável
Ela é a coroa das rainhas e reis.
Outras mulheres produzem o mel para que ela tenha tamanha beleza.
Os ursos se lambuzam com seu doce e cospem os favos derretidos.
Se fazem dóceis e sinceros, para largá-la sem sua ternura.
Ela se renova.
Cai em quedas d'água, voa por entre as montanhas e mergulha em lavas vulcânicas.
Assiste aos ursos serem caçados.
E lá de cima, dentro de nossas mentes e no alto de nossas cabeças, nos provocam e nos fazem pensar como seria se tivéssemos somente ela.
Nela o amor será sempre uma fonte renovável.
Rafael Cunha
Outras mulheres produzem o mel para que ela tenha tamanha beleza.
Os ursos se lambuzam com seu doce e cospem os favos derretidos.
Se fazem dóceis e sinceros, para largá-la sem sua ternura.
Ela se renova.
Cai em quedas d'água, voa por entre as montanhas e mergulha em lavas vulcânicas.
Assiste aos ursos serem caçados.
E lá de cima, dentro de nossas mentes e no alto de nossas cabeças, nos provocam e nos fazem pensar como seria se tivéssemos somente ela.
Nela o amor será sempre uma fonte renovável.
Rafael Cunha
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Análise Sintática
Faltaram as formas complementares.
Do zero ao dez.
Começados em zé.
Terminado em ex.
Faltou a minha soma em dedicação por frases.
A garganta lubrificada para uma oração em um período vazio.
Para descer sem nenhum adjunto distributivo cancerígeno.
Tive alguns objetos em prédios cativos.
Em cada prédio, na frente tinha sim, táxi, para cada sujeito.
No meu núcleo simples composto por algo indeterminado,
de um jeito vocativo, chamo a oração de forma passiva.
Rogai por nós.
Rafael Cunha
Do zero ao dez.
Começados em zé.
Terminado em ex.
Faltou a minha soma em dedicação por frases.
A garganta lubrificada para uma oração em um período vazio.
Para descer sem nenhum adjunto distributivo cancerígeno.
Tive alguns objetos em prédios cativos.
Em cada prédio, na frente tinha sim, táxi, para cada sujeito.
No meu núcleo simples composto por algo indeterminado,
de um jeito vocativo, chamo a oração de forma passiva.
Rogai por nós.
Rafael Cunha
Sobrevida
Nasci no meio das folhas verdes de Dezembro.
Morri nas folhas secas de Julho.
Virei a pedra-sabão dos apóstolos,
desci os morros das minas para ir à bacia do prata.
De lá não extrai ouro.
Achei um só metal, um punhal com ferrugem.
Me perdi no meio das covas e das cruzes,
desrespeitei meus avós,
não me apaixonei novamente.
A mulher dos meus versos ficou para trás.
Ela, com sua mala,
partiu no trem para o pacífico sem me avisar.
Levou consigo;
as minhas amoras,
os meus cabelos,
minhas filhas,
a fé e minha alma.
Suspirei nos antigos versos.
Por você dourada.
Rafael Cunha
Morri nas folhas secas de Julho.
Virei a pedra-sabão dos apóstolos,
desci os morros das minas para ir à bacia do prata.
De lá não extrai ouro.
Achei um só metal, um punhal com ferrugem.
Me perdi no meio das covas e das cruzes,
desrespeitei meus avós,
não me apaixonei novamente.
A mulher dos meus versos ficou para trás.
Ela, com sua mala,
partiu no trem para o pacífico sem me avisar.
Levou consigo;
as minhas amoras,
os meus cabelos,
minhas filhas,
a fé e minha alma.
Suspirei nos antigos versos.
Por você dourada.
Rafael Cunha
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Suspiro
Meu último.
Você colhe as amoras para as crianças.
No final da tarde de Sol,
recolhe as roupas do varal.
Coloca as galinhas no galinheiro,
lava a mão de nossas crianças.
Com os cabelos mais belos, preso.
Enxágua as roupas no rio dos meus sonhos.
A correnteza leva todos eles para longe de suas mãos.
Volta para seu lar, em frente a baía cristalina de antes.
Prepara o jantar,
esperando a garoa ir para o outro lado da ilha.
Olha seus cachorros,
de pés no chão, sorri.
E diz que me ama pelo resto dos seus dias.
Rafael Cunha
Você colhe as amoras para as crianças.
No final da tarde de Sol,
recolhe as roupas do varal.
Coloca as galinhas no galinheiro,
lava a mão de nossas crianças.
Com os cabelos mais belos, preso.
Enxágua as roupas no rio dos meus sonhos.
A correnteza leva todos eles para longe de suas mãos.
Volta para seu lar, em frente a baía cristalina de antes.
Prepara o jantar,
esperando a garoa ir para o outro lado da ilha.
Olha seus cachorros,
de pés no chão, sorri.
E diz que me ama pelo resto dos seus dias.
Rafael Cunha
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Fim
Em mim não cabem muitas pessoas.
Eu sou um retiro.
Guardo todas do primeiro dia,
para no segundo nunca mais lembrar.
No primeiro serei o amigo,
o divertido, apaixonado e único.
Para no outro não ter nem o que falar.
Sou eu e minhas cachorras.
São elas que sentam ao meu lado e late para quem passar.
Rafael Cunha
Eu sou um retiro.
Guardo todas do primeiro dia,
para no segundo nunca mais lembrar.
No primeiro serei o amigo,
o divertido, apaixonado e único.
Para no outro não ter nem o que falar.
Sou eu e minhas cachorras.
São elas que sentam ao meu lado e late para quem passar.
Rafael Cunha
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Calendário
Vinda do oitavo dia de Abril,
alinhado com o primeiro dia do ano.
O suporte é o vigésimo sétimo dia do mês de carnaval,
multiplicado por dois.
Como debutante no décimo sétimo de Setembro.
Conheci com quatorze primaveras,
Experimentei com dezessete verões.
Desisti com vinte invernos.
Amanhã o ano vai terminar e os dias recomeçarão.
Não deixe que mais dezessete verões acabem,
nem que vinte invernos recomecem.
Portanto, antes do outono.
Rafael Cunha
alinhado com o primeiro dia do ano.
O suporte é o vigésimo sétimo dia do mês de carnaval,
multiplicado por dois.
Como debutante no décimo sétimo de Setembro.
Conheci com quatorze primaveras,
Experimentei com dezessete verões.
Desisti com vinte invernos.
Amanhã o ano vai terminar e os dias recomeçarão.
Não deixe que mais dezessete verões acabem,
nem que vinte invernos recomecem.
Portanto, antes do outono.
Rafael Cunha
domingo, 3 de maio de 2009
Mar Ilha
O mar é o meu abraço na sua ilha.
Nela ficam seus amores náufragos.
Nele o mais puro amor rema em direção ao seu cais.
Em você há cachoeiras, flores e um jardim.
Em mim, peixes coloridos e pétalas de corais.
Minhas ondas são meus beijos,
a calmaria é o meu toque.
Te protejo e te faço a mais bela das ilhas.
Rafael Cunha
Nela ficam seus amores náufragos.
Nele o mais puro amor rema em direção ao seu cais.
Em você há cachoeiras, flores e um jardim.
Em mim, peixes coloridos e pétalas de corais.
Minhas ondas são meus beijos,
a calmaria é o meu toque.
Te protejo e te faço a mais bela das ilhas.
Rafael Cunha
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Querubim
No verão tu és a pena nos anjos de Raffaello.
Você é a corneta por onde o ar expira o outono.
És as nuvens de algodão no inverno.
Na primavera tu és o lençol nos meus vôos.
Prazer em conhecê-la.
Rafael Cunha
Você é a corneta por onde o ar expira o outono.
És as nuvens de algodão no inverno.
Na primavera tu és o lençol nos meus vôos.
Prazer em conhecê-la.
Rafael Cunha
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Castelo
Com minhas garras,
escalarei as muralhas pedregosas de Mônaco.
Atirarei pedras de quartzo nas janelas de quem dorme.
Sairei gritando pelas vielas em curvas o nome de São Jorge.
E também por todo o labirinto no jardim em frente a sua casa.
Voarei.
No meu vôo,
cuspirei em lábios,
abençoarei outros.
Acordarei somente você.
Mostrarei a noite e os dias.
Falarei de onde eu vim para nossos filhos.
Farei com que me chamem de Pai.
Selarei seu cavalo.
Prepararei seu anzol.
Coarei queijo, com leite do nosso rebanho.
Terei uma gruta com vinhos,
uma baía cristalina,
casas brancas.
Peixes no almoço.
Frutas no jantar.
E só assim,
dormirei ao seu lado todos os dias.
Tranqüilo.
Rafael Cunha
escalarei as muralhas pedregosas de Mônaco.
Atirarei pedras de quartzo nas janelas de quem dorme.
Sairei gritando pelas vielas em curvas o nome de São Jorge.
E também por todo o labirinto no jardim em frente a sua casa.
Voarei.
No meu vôo,
cuspirei em lábios,
abençoarei outros.
Acordarei somente você.
Mostrarei a noite e os dias.
Falarei de onde eu vim para nossos filhos.
Farei com que me chamem de Pai.
Selarei seu cavalo.
Prepararei seu anzol.
Coarei queijo, com leite do nosso rebanho.
Terei uma gruta com vinhos,
uma baía cristalina,
casas brancas.
Peixes no almoço.
Frutas no jantar.
E só assim,
dormirei ao seu lado todos os dias.
Tranqüilo.
Rafael Cunha
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Traição
Não é somente com os lábios.
Não somente com a pele.
Mas o que eles falam e o que ela escuta.
Define-se, por hora, que pra mim nunca mais.
Rafael Cunha
Não somente com a pele.
Mas o que eles falam e o que ela escuta.
Define-se, por hora, que pra mim nunca mais.
Rafael Cunha
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Neve
Caem os flocos de amor.
São de amor apenas na queda.
Quando nos tocam viram água, escorrem ou evaporam.
Em terra viram solo.
Portanto, assistiremos somente a queda.
Rafael Cunha
São de amor apenas na queda.
Quando nos tocam viram água, escorrem ou evaporam.
Em terra viram solo.
Portanto, assistiremos somente a queda.
Rafael Cunha
sexta-feira, 27 de março de 2009
Ilha Solteira
Não conheço uma ilha solteira.
Conheço ilhas com árvores,
ilhas com pedras,
ilhas acompanhadas do mar e do rio.
Mas nunca vi uma ilha solteira.
De lá veio um grande amigo e ele me disse:
- De onde eu vim as piscinas são de plástico e o churrasco é de peixe e coca-cola.
Simples. Só isso.
Rafael Cunha
quarta-feira, 18 de março de 2009
Julho
Julho é inverno.
É o verão dos pensantes.
É onde as ondas formadas por letras se embaralham para o refresco.
Julho é o dia primeiro.
É o calendário da alma.
São os dias.
Eu não seria grato se não tivesse o Julho.
Não perdoaria nenhum Deus por isto.
Obrigado, por ter existido nas nossas Boa Noite!
E sim, eu fui Feliz!
Rafael Cunha
É o verão dos pensantes.
É onde as ondas formadas por letras se embaralham para o refresco.
Julho é o dia primeiro.
É o calendário da alma.
São os dias.
Eu não seria grato se não tivesse o Julho.
Não perdoaria nenhum Deus por isto.
Obrigado, por ter existido nas nossas Boa Noite!
E sim, eu fui Feliz!
Rafael Cunha
domingo, 15 de março de 2009
Quer sair comigo?
Vou te levar para dar uma volta no espaço...
Te mostrar todas as estrelas.
Mostrar a Terra vista de cima.
E dizer que você continua sendo a mais bela de todas elas.
Rafael Cunha
Te mostrar todas as estrelas.
Mostrar a Terra vista de cima.
E dizer que você continua sendo a mais bela de todas elas.
Rafael Cunha
quarta-feira, 11 de março de 2009
Omelete
Você é minha omelete só de Clara.
A gema eu descarto, ela faz mal a saúde.
Rafael Cunha
A gema eu descarto, ela faz mal a saúde.
Rafael Cunha
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
MangacomLeite
- Eu sou assim por causa de uma xícara.
Branco, eu quero o rosa da tua casca.
Quero os amarelos dos teus olhos.
O molhado dos teus lábios.
- E eu, quero o derrame do teu pote.
Desejo o pires da tua xícara.
Me desfazer na tua mistura.
Enjoar o deleite.
- Manchar o meu branco.
Jogar-me na máquina e ficar com a sua cor para o resto dos meus dias.
Rafael Cunha
Branco, eu quero o rosa da tua casca.
Quero os amarelos dos teus olhos.
O molhado dos teus lábios.
- E eu, quero o derrame do teu pote.
Desejo o pires da tua xícara.
Me desfazer na tua mistura.
Enjoar o deleite.
- Manchar o meu branco.
Jogar-me na máquina e ficar com a sua cor para o resto dos meus dias.
Rafael Cunha
sábado, 14 de fevereiro de 2009
De Sangue
Ela é assim...
Uma guerreira dos dias treze, que briga pela certeza.
Uma menina das sextas-feiras, que lava a nossa alma e a banha de alegria.
Joana que cozinha com o coração e com o espírito.
Mistura em um só pote nossos sangues de potes diferentes.
Nos une para o sempre, em tudo.
Meu amor.
Minha irmã.
Rafael Cunha
Uma guerreira dos dias treze, que briga pela certeza.
Uma menina das sextas-feiras, que lava a nossa alma e a banha de alegria.
Joana que cozinha com o coração e com o espírito.
Mistura em um só pote nossos sangues de potes diferentes.
Nos une para o sempre, em tudo.
Meu amor.
Minha irmã.
Rafael Cunha
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Arqueologia
Meu sonho era escavar um buraco
onde os ossos se fazem pedras.
Meu sonho era, com um pincel,
limpar e desenhar,
todas as formas da sua estrutura.
No meio da poeira,
de grão em grão,
aspirar a sua alma.
Vê-la se formar mulher.
E eu, paciente.
Rafael Cunha
onde os ossos se fazem pedras.
Meu sonho era, com um pincel,
limpar e desenhar,
todas as formas da sua estrutura.
No meio da poeira,
de grão em grão,
aspirar a sua alma.
Vê-la se formar mulher.
E eu, paciente.
Rafael Cunha
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Fumaça
No meio da névoa ela estava quieta,
sozinha, pronta para o espetáculo.
Ela atirou as brasas no vulcão dos meus sentimentos.
Sublimou.
Subiu aos céus e caiu em tempestades.
Minhas formas foram derretidas pela chuva ácida,
decantou minha alma.
Meu amor todo que não tens, escorreu para o encharco.
Formou-se o alagado,
e hoje é onde pela noite as vitórias desabrocham.
Rafael Cunha
sozinha, pronta para o espetáculo.
Ela atirou as brasas no vulcão dos meus sentimentos.
Sublimou.
Subiu aos céus e caiu em tempestades.
Minhas formas foram derretidas pela chuva ácida,
decantou minha alma.
Meu amor todo que não tens, escorreu para o encharco.
Formou-se o alagado,
e hoje é onde pela noite as vitórias desabrocham.
Rafael Cunha
Luxo
Seja os espelhos e latas de tinta.
Não são conversas e histórias.
Também não são risadas e nem choro de alegria.
Não é a volta na esquina da próxima rua.
É talvez o semáforo no cruzamento sem o topo dos edifícios.
Talvez seja cotovelos e passeios turísticos.
Uma amante de bons dentes e nenhuma fala.
Não os toques dos lábios sinceros.
Chove.
Oxu. Lembra-te que temos.
Rafael Cunha
Não são conversas e histórias.
Também não são risadas e nem choro de alegria.
Não é a volta na esquina da próxima rua.
É talvez o semáforo no cruzamento sem o topo dos edifícios.
Talvez seja cotovelos e passeios turísticos.
Uma amante de bons dentes e nenhuma fala.
Não os toques dos lábios sinceros.
Chove.
Oxu. Lembra-te que temos.
Rafael Cunha
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Menina Nêga
Pequena nêga de olhos claros,
as curvas dos seus braços encantam os bem-te-vis.
As ondas do mar só existem para vê-la dançar
sob o luar que te banha, dourada.
Sua voz ofusca o grito das arapongas,
seja qual for a floresta,
seja qual for o mar,
és a mais bela Janaína de todos eles.
Você é luz, és desejo.
Como o Sol é para a Lua.
A fonte de mel para muitos,
que apenas passam como espectadores.
Rafael Cunha
as curvas dos seus braços encantam os bem-te-vis.
As ondas do mar só existem para vê-la dançar
sob o luar que te banha, dourada.
Sua voz ofusca o grito das arapongas,
seja qual for a floresta,
seja qual for o mar,
és a mais bela Janaína de todos eles.
Você é luz, és desejo.
Como o Sol é para a Lua.
A fonte de mel para muitos,
que apenas passam como espectadores.
Rafael Cunha
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Clara
Se eu disser que vagaria todos os verões para vê-la.
Se eu disser que apagaria todos os relâmpagos para carinhar o seu chôro.
Você acreditaria em mim?
Eu faria tudo sem que soubesse nadar.
Faria tudo de olhos vendados, como um soldado.
Sem medo.
Percorreria os pampas, os encharcos, a secura.
E quando eu chegasse no mais belo mar lhe daria o nascer do Sol.
Repousaria adiante, o Sol em suas costas.
Lhe banharia ao mar.
Daria a você, eu.
Para vê-la jogar-me ao vento,
na primeira corrente de ar quente.
Rafael Cunha
Se eu disser que apagaria todos os relâmpagos para carinhar o seu chôro.
Você acreditaria em mim?
Eu faria tudo sem que soubesse nadar.
Faria tudo de olhos vendados, como um soldado.
Sem medo.
Percorreria os pampas, os encharcos, a secura.
E quando eu chegasse no mais belo mar lhe daria o nascer do Sol.
Repousaria adiante, o Sol em suas costas.
Lhe banharia ao mar.
Daria a você, eu.
Para vê-la jogar-me ao vento,
na primeira corrente de ar quente.
Rafael Cunha
Sono
Chapéus e travesseiros.
Mais nada é preciso para um sonho.
O travesseiro acomoda:
seu sorriso fechado,
seus olhos claros,
sua boca rosa suave,
seus cabelos longos e seu nariz pontudo.
O chapéu guarda:
os seus sonhos ainda não realizados,
descarrega na noite as vontades não desejadas.
Mostra-lhe o caminho para o sorriso na próxima manhã de Sol.
Como um espreguiçar,
eles guardam seus bocejos para mim.
Que sempre a esperei.
Rafael Cunha
Mais nada é preciso para um sonho.
O travesseiro acomoda:
seu sorriso fechado,
seus olhos claros,
sua boca rosa suave,
seus cabelos longos e seu nariz pontudo.
O chapéu guarda:
os seus sonhos ainda não realizados,
descarrega na noite as vontades não desejadas.
Mostra-lhe o caminho para o sorriso na próxima manhã de Sol.
Como um espreguiçar,
eles guardam seus bocejos para mim.
Que sempre a esperei.
Rafael Cunha
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Cerca
Cada um di un lado.
Do lado di cá, nóis, nu di lá ela.
Nu brejo as mina si confunde,
quanto mais si cavuca mais água surgi.
Se não cutuca continua brejo.
A cerca divide o meu brejo, e o dela também.
Se eu drená o brejo pra minhas vaca ela não vai gosta nada nada.
E si ela drená eu também não.
Hum.
Vô vende minhas vaca e prantá arrois.
Rafael Cunha
Do lado di cá, nóis, nu di lá ela.
Nu brejo as mina si confunde,
quanto mais si cavuca mais água surgi.
Se não cutuca continua brejo.
A cerca divide o meu brejo, e o dela também.
Se eu drená o brejo pra minhas vaca ela não vai gosta nada nada.
E si ela drená eu também não.
Hum.
Vô vende minhas vaca e prantá arrois.
Rafael Cunha
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