Nasci no meio das folhas verdes de Dezembro.
Morri nas folhas secas de Julho.
Virei a pedra-sabão dos apóstolos,
desci os morros das minas para ir à bacia do prata.
De lá não extrai ouro.
Achei um só metal, um punhal com ferrugem.
Me perdi no meio das covas e das cruzes,
desrespeitei meus avós,
não me apaixonei novamente.
A mulher dos meus versos ficou para trás.
Ela, com sua mala,
partiu no trem para o pacífico sem me avisar.
Levou consigo;
as minhas amoras,
os meus cabelos,
minhas filhas,
a fé e minha alma.
Suspirei nos antigos versos.
Por você dourada.
Rafael Cunha
quinta-feira, 28 de maio de 2009
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