segunda-feira, 20 de julho de 2009

Prosa

Ah se eu amasse como um Francisco.

Os meus olhos seriam azuis,
minha pele branca e eu, jogaria futebol.
Sentaria numa roda de samba e cantaria todas as letras.
Saberia o tom do cavaco.
Daria mil risos para cada morena que passasse.

Mesmo não bebendo,
colocaria meu copo na mesa só para a espuma baixar.
Iria deixá-lo esquentar para ver seu suor escorrer.
A água do vento na mesa de ferro, tudo para vê-la surgir.

- Escorra e pingue em minhas pernas, molhe minhas coxas.
Deixe que o repique repita as frases, e eu sua melodia.
És vaidosa Maria. Cada dia és uma.
Que todas riam dos meus barrancos.
Pelos seus encantos, meu samba não tem rima.
Até que eu tenha uma de suas Marias.

Rafael Cunha

Um comentário:

Thaís Vieira disse...

ouviria seu samba de copo
seu batuque de mesa
com o olhar no canto
com desdem de moça que sempre tem o que quer.
Quereria vc.
Se assim vc me quisesse.
Há duas opções, deixar acontecer
ou interromper o acaso.

(to puta com vc)