quarta-feira, 8 de julho de 2009

Desamor

Em dó maior.

É me amando como se fosse o primeiro.
Me expulsando como se fosse o último.
Me embriagando como se eu fosse um servo.
E me enlouquecendo como se eu fosse Hamlet.

- Ofélia do Líbano.

Namora os meus lábios em sua pele.
Olha-me como se eu existisse nos seus sonhos.
Toca-me com a areia quente do seu deserto.
Delicia-me com suas tâmaras.

Deite-se e flutue nos meus olhos salgados de tanta lágrima.
Escorra seus cílios no meu rosto.
Enxugue meu suor com seus cabelos pretos.

Lava-me com seus olhos,
percorra em mim cada espaço.
Desapareça com todas as águas.

E só assim o sal voará junto a maresia do entardecer.
Deixarei meus ombros a mostra, para seu encanto.

Eu limpo, descansarei em paz.

Rafael Cunha

7 comentários:

Patricia disse...

Eu amo o Rafa!

maria helena disse...

RAFA...QUALQUER MULHER ADORARIA SER A MUSA INSPIRADORA DESTE POEMA...E...AS OUTRAS...MORRERIAM DE CIÚME...RSRSRS...BJSSSSSSSSS

Anônimo disse...

aiaiaiai......idem ao comentario acima, ser a musa inspiradora de Sr Cunha =)))

LINDAO

Musa dos seu olhos disse...

A quem inspire tanto fervor....
Lindo... lindo esse poema...

Bjos

Diérika Surtada disse...

Gostei... onde eu acho um pra escrever isso pra mim??? Rafaaaaa, volta de Botucatu pra gente dar risada....

Bjoooo

Anônimo disse...

Aposto como eu tenho sido um ré, repetidas vezes. Aposto!
Eu tenho um problema,vários na verdade.
Mas um grande é minha enorme dificuldade de aceitar que hajam palavras que foram juntadas para mim. Porque normalmente sou eu quem escrevo sobre o mundo, e nem sempre escrevo bem sobre o mundo.

Me parece utópico imaginar que o mundo me escrevesse, e, assim, de tão bela maneira.
De tão bela junçao de idéias, de emoções de suspiros.

Mas sabe. Tudo isso me deixa lacteamente feliz e, bem, com aquele medo, lembra?

O limiar entre amor e desamor me soa tão tão sutil

Musa dos seu olhos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.