Queria, eu, ter sido um guerreiro nas cruzadas.
Teria invadido o oriente.
Conquistado todos os povos, só pra te amar.
Roubado você, e entre nós, apenas eu como escravo.
Enfrentaria todos os leões de marrocos,
definharia as serpentes da tua terra,
regaria as árvores para a sombra do teu sossego.
Te protegeria com meus escudos.
Roma e todos os meus castelos seriam teus.
De todas as histórias, eu, é o que resta.
Rafael Cunha
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Minúscula
se um dia os meus olhos se apagarem,
será para sentir se você ainda está por perto.
caso os meus olhos não voltem a abrir,
terá sido pela sua ausência.
se minhas mãos continuarem quentes,
me dê um beijo.
se meus pés estiverem gelados,
cubra-os.
caso sinta a minha falta,
não voltarei jamais.
De saudade.
Rafael Cunha
será para sentir se você ainda está por perto.
caso os meus olhos não voltem a abrir,
terá sido pela sua ausência.
se minhas mãos continuarem quentes,
me dê um beijo.
se meus pés estiverem gelados,
cubra-os.
caso sinta a minha falta,
não voltarei jamais.
De saudade.
Rafael Cunha
domingo, 26 de julho de 2009
Agora sou eu 2.
Leitores,
Quero antes de tudo agradecer a todos vocês que acessam o "paramulherflores", aos que comentam, aos que leêm ou pelo menos tentam.
Tudo que escrevi até hoje é sobre um homem na descoberta do amor até ao abandono da pessoa amada vinda com a sua morte - vide ex. poema "Fim" - e relação pós-morte com os amores que este homem deixou em vida - vide ex. poema "Suspiro" e "Sobrevida". Não quero explicar meus poemas, cada um deles são fontes de satisfação independente de quem os lê, mas que saibam que as histórias são reais e são sentimentos verdadeiros de quem o escreve. Não sou ator para fingi-los, são reais.
Agradeço também as mulheres que me inspiraram e fizeram com que eu descobrisse diferentes sentimentos nos pouquíssimos minutos de inspiração, afinal a maioria de vocês são dignas de versos e frases de amor, enquanto outras, tem poema como um "Obrigado".
Hoje descobri que não existe novos amores, mas pessoas que nos fazem lembrar como é amar como antigamente.
"Lembro de suas três borboletas em suas costas voando em sentidos diferentes, e o encontro delas na minha cachoeira de alegria."
Rafael Cunha
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Visto de Cima
Prefiro ver um filme.
Aquele que é revelado quimicamente.
O outro não existe.
Neste a projeção é um espetáculo,
sua tela é luminosa do centro, em degradê, aos cantos escuros.
Nele as lagartas alcançam o topo para virarem borboletas,
também ao topo chegam as girafas para seus brotos comerem.
Algumas tigresas se banham nos riachos,
como as gatas, ronronam ao ser acariciada em uma calçada qualquer.
E aos meninos telespectadores sem espaço,
entre braços de uma cadeira,
resta o esparramo em um final feliz.
Rafael Cunha
Aquele que é revelado quimicamente.
O outro não existe.
Neste a projeção é um espetáculo,
sua tela é luminosa do centro, em degradê, aos cantos escuros.
Nele as lagartas alcançam o topo para virarem borboletas,
também ao topo chegam as girafas para seus brotos comerem.
Algumas tigresas se banham nos riachos,
como as gatas, ronronam ao ser acariciada em uma calçada qualquer.
E aos meninos telespectadores sem espaço,
entre braços de uma cadeira,
resta o esparramo em um final feliz.
Rafael Cunha
terça-feira, 21 de julho de 2009
Junina
No meio da fogueira suas tranças enrolam minhas pernas.
Entre as barracas, sorri as suas covas.
Suas mãos geladas, com uma só luva, para a outra eu esquentar.
Olhos pequenos, me engolem com seu amor.
Sorri em meus ouvidos.
Toca o meu rosto e me deixa para a brasa queimar.
Rafael Cunha
Entre as barracas, sorri as suas covas.
Suas mãos geladas, com uma só luva, para a outra eu esquentar.
Olhos pequenos, me engolem com seu amor.
Sorri em meus ouvidos.
Toca o meu rosto e me deixa para a brasa queimar.
Rafael Cunha
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Prosa
Ah se eu amasse como um Francisco.
Os meus olhos seriam azuis,
minha pele branca e eu, jogaria futebol.
Sentaria numa roda de samba e cantaria todas as letras.
Saberia o tom do cavaco.
Daria mil risos para cada morena que passasse.
Mesmo não bebendo,
colocaria meu copo na mesa só para a espuma baixar.
Iria deixá-lo esquentar para ver seu suor escorrer.
A água do vento na mesa de ferro, tudo para vê-la surgir.
- Escorra e pingue em minhas pernas, molhe minhas coxas.
Deixe que o repique repita as frases, e eu sua melodia.
És vaidosa Maria. Cada dia és uma.
Que todas riam dos meus barrancos.
Pelos seus encantos, meu samba não tem rima.
Até que eu tenha uma de suas Marias.
Rafael Cunha
Os meus olhos seriam azuis,
minha pele branca e eu, jogaria futebol.
Sentaria numa roda de samba e cantaria todas as letras.
Saberia o tom do cavaco.
Daria mil risos para cada morena que passasse.
Mesmo não bebendo,
colocaria meu copo na mesa só para a espuma baixar.
Iria deixá-lo esquentar para ver seu suor escorrer.
A água do vento na mesa de ferro, tudo para vê-la surgir.
- Escorra e pingue em minhas pernas, molhe minhas coxas.
Deixe que o repique repita as frases, e eu sua melodia.
És vaidosa Maria. Cada dia és uma.
Que todas riam dos meus barrancos.
Pelos seus encantos, meu samba não tem rima.
Até que eu tenha uma de suas Marias.
Rafael Cunha
domingo, 19 de julho de 2009
Particípio Passado
Sinto falta das suas palavras.
Aqui, longe, eu esquento as águas para seus pés escaldar.
Regava, antes, os outros para depois te beijar entre os dedos.
Colhia em você, os sorrisos e sons dispersos no meu travesseiro.
Te embrulhava para a noite fria.
Hoje, me resta acarinhar seus ouvidos para te ver dormir.
Rafael Cunha
Aqui, longe, eu esquento as águas para seus pés escaldar.
Regava, antes, os outros para depois te beijar entre os dedos.
Colhia em você, os sorrisos e sons dispersos no meu travesseiro.
Te embrulhava para a noite fria.
Hoje, me resta acarinhar seus ouvidos para te ver dormir.
Rafael Cunha
terça-feira, 14 de julho de 2009
Decomposto
Entre unhas claras e com cores,
prefiro aquelas que são cores.
Suave, em dedos longos.
Neles brilham as jóias orientais,
e ofuscam os meus sentidos.
- A amo como uma figueira ama sua copa.
A amo como um baralho ama o seu copas.
Mais que todas elas.
Mais que todos eles.
Suas mãos me eleva em coma profundo.
Bambaleia as palavras para seu agrado.
Mesmo com a minha morte,
o meu amor vira romã, para enfim, saboreá-lo.
Rafael Cunha
prefiro aquelas que são cores.
Suave, em dedos longos.
Neles brilham as jóias orientais,
e ofuscam os meus sentidos.
- A amo como uma figueira ama sua copa.
A amo como um baralho ama o seu copas.
Mais que todas elas.
Mais que todos eles.
Suas mãos me eleva em coma profundo.
Bambaleia as palavras para seu agrado.
Mesmo com a minha morte,
o meu amor vira romã, para enfim, saboreá-lo.
Rafael Cunha
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Desamor
Em dó maior.
É me amando como se fosse o primeiro.
Me expulsando como se fosse o último.
Me embriagando como se eu fosse um servo.
E me enlouquecendo como se eu fosse Hamlet.
- Ofélia do Líbano.
Namora os meus lábios em sua pele.
Olha-me como se eu existisse nos seus sonhos.
Toca-me com a areia quente do seu deserto.
Delicia-me com suas tâmaras.
Deite-se e flutue nos meus olhos salgados de tanta lágrima.
Escorra seus cílios no meu rosto.
Enxugue meu suor com seus cabelos pretos.
Lava-me com seus olhos,
percorra em mim cada espaço.
Desapareça com todas as águas.
E só assim o sal voará junto a maresia do entardecer.
Deixarei meus ombros a mostra, para seu encanto.
Eu limpo, descansarei em paz.
Rafael Cunha
É me amando como se fosse o primeiro.
Me expulsando como se fosse o último.
Me embriagando como se eu fosse um servo.
E me enlouquecendo como se eu fosse Hamlet.
- Ofélia do Líbano.
Namora os meus lábios em sua pele.
Olha-me como se eu existisse nos seus sonhos.
Toca-me com a areia quente do seu deserto.
Delicia-me com suas tâmaras.
Deite-se e flutue nos meus olhos salgados de tanta lágrima.
Escorra seus cílios no meu rosto.
Enxugue meu suor com seus cabelos pretos.
Lava-me com seus olhos,
percorra em mim cada espaço.
Desapareça com todas as águas.
E só assim o sal voará junto a maresia do entardecer.
Deixarei meus ombros a mostra, para seu encanto.
Eu limpo, descansarei em paz.
Rafael Cunha
terça-feira, 7 de julho de 2009
1973
Nove meses antes de me parir,
pedi a minha mãe que eu fizesse uma visita.
Desembarquei no encontro em uma grande casa.
Uma piscina branca em forma de tanque,
jardins a sua volta,
mulheres com biquínis baixos.
Com a água da piscina esverdeada.
Eu de canto via o afago do casal na piscina,
o mergulho, o toque liso na pele daquela mulher.
Com seus cabelos escuros molhados,
mais lindo que eles, só eram as sombrancelhas.
Neste dia ele se lambuzou,
e ela foi engolida pelo amor.
- E eu vim por esta razão.
Do amor ao toque.
Ser todos os dois.
Rafael Cunha
pedi a minha mãe que eu fizesse uma visita.
Desembarquei no encontro em uma grande casa.
Uma piscina branca em forma de tanque,
jardins a sua volta,
mulheres com biquínis baixos.
Com a água da piscina esverdeada.
Eu de canto via o afago do casal na piscina,
o mergulho, o toque liso na pele daquela mulher.
Com seus cabelos escuros molhados,
mais lindo que eles, só eram as sombrancelhas.
Neste dia ele se lambuzou,
e ela foi engolida pelo amor.
- E eu vim por esta razão.
Do amor ao toque.
Ser todos os dois.
Rafael Cunha
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Mito
Apaixonado por uma fada.
A fada de quem eu falo desbarrancou junto ao ônibus no Chile.
Se foi com mais nove almas.
Eu havia lhe separado presentes.
Perfume, flores, prata, ouro e um punhado de maçãs.
Não a encontrei novamente.
Apareceu para uma outra parte de mim.
Ela lhe deu boas vindas,
e apresentou-lhe o destino.
Com cheiro de jasmim cruzou suas pernas,
brilhou as pratas e ouro do seu colo com seus olhos de topázio .
As flores em seus cabelos, marcaram o caminho com pétalas.
Veio avisar de que o caminho está pronto.
Me espera para partir.
- E para quem fica. Uma boa sorte.
Rafael Cunha
A fada de quem eu falo desbarrancou junto ao ônibus no Chile.
Se foi com mais nove almas.
Eu havia lhe separado presentes.
Perfume, flores, prata, ouro e um punhado de maçãs.
Não a encontrei novamente.
Apareceu para uma outra parte de mim.
Ela lhe deu boas vindas,
e apresentou-lhe o destino.
Com cheiro de jasmim cruzou suas pernas,
brilhou as pratas e ouro do seu colo com seus olhos de topázio .
As flores em seus cabelos, marcaram o caminho com pétalas.
Veio avisar de que o caminho está pronto.
Me espera para partir.
- E para quem fica. Uma boa sorte.
Rafael Cunha
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