Por todas as estradas que percorreu, quero eu poder passar.
Por todos amores que amou, um dia quero amar.
Diante de toda a saudade que me deixa, um dia quero deixar.
Minha avó de pele mais linda, preta, sem negar.
Nos seus últimos cantarolava um repente tico-tico-tá.
Dos montes de Minas Gerais, ecoa sua vontade de viver,
nos abismos de pedra a me esperar.
Que os anjos lhe cuidem,
que suas cachaças e torresmos nos mantenham alegres e saciados.
Saudade de você minha nêga de cabelo ruim mais maravilhosos já vistos.
Rafael Cunha
terça-feira, 24 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
Bairro
Bom mesmo é não conhecer o mundo, mas os bairros ao redor.
Do mundo que se conhece, é como se conhecesse ao outro e não a si mesmo.
Sendo seu corpo preenchido pela outra verdade que aqui não cabes.
Assim não julgues.
Pois aqui somos diferentes, mais um de uma cadeia de infinitas formas de amor.
Do mundo que se conhece, é como se conhecesse ao outro e não a si mesmo.
Sendo seu corpo preenchido pela outra verdade que aqui não cabes.
Assim não julgues.
Pois aqui somos diferentes, mais um de uma cadeia de infinitas formas de amor.
Rafael Cunha
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Buscar
Hoje acordei para buscar o Sol para a sua manhã esquentar,
o busquei ainda para seu dia alegrar,
sem guarda-chuvas pequenos e assim não se molhar.
Colhi o cacau para seu chocolate ferver,
tomarmos em uma noite fria na semana sem fim.
Tento fazer de tudo para que um bom dia me dê,
e me felicitar a saudade que sinto por você.
Rafael Cunha
o busquei ainda para seu dia alegrar,
sem guarda-chuvas pequenos e assim não se molhar.
Colhi o cacau para seu chocolate ferver,
tomarmos em uma noite fria na semana sem fim.
Tento fazer de tudo para que um bom dia me dê,
e me felicitar a saudade que sinto por você.
Rafael Cunha
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Frio
O frio que sinto agora não se compara ao frio que tive na primeira vez em que lhe vi.
O de agora, não corta meus ossos em um vendaval, nem sequer congela meu coração em uma parada gélida.
Suas garoas não encharcam meus olhos de lágrimas na alegria em ver um ser dotado da formosura de tamanha grandiosidade como a sua.
O de antes, me sufocou,
parou meus órgãos para vê-la dançar e sorrir,
todo o meu sistema nervoso entrou em colapso.
Neste dia o frio congelou minhas mãos trêmulas,
minhas pernas bambas para no samba, sambar.
Já quando no forró, entrei em estado de choque,
paralisado.
Lá fora chorando,
sem você, com minha dor, dancei até o dia clarear.
Rafael Cunha
O de agora, não corta meus ossos em um vendaval, nem sequer congela meu coração em uma parada gélida.
Suas garoas não encharcam meus olhos de lágrimas na alegria em ver um ser dotado da formosura de tamanha grandiosidade como a sua.
O de antes, me sufocou,
parou meus órgãos para vê-la dançar e sorrir,
todo o meu sistema nervoso entrou em colapso.
Neste dia o frio congelou minhas mãos trêmulas,
minhas pernas bambas para no samba, sambar.
Já quando no forró, entrei em estado de choque,
paralisado.
Lá fora chorando,
sem você, com minha dor, dancei até o dia clarear.
Rafael Cunha
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Rochedo
Foges da rima do meu rochedo,
entrelaça suas asas a volta do farol.
Para se entristecer pelas quedas de minhas pedras.
Meus muros são de calcário, enfraquecidos pelo tempo.
Não suportam mais o ninho da sua cria.
Voa-te alma minha,
dance pelos ventos quentes que te levam às alturas.
Passe ao cisco de uma ponta minha,
e os piscos tome-os em goladas.
Atormentada siga no seu vôo confuso,
na notória tormenta do mar revolto em mim, pedras fracas.
Ache outro abismo para amar seu canto,
e aos prantos ficarei em minha quebras e quedas de cada pedaço de mim partir.
Não quero que me vejas assim,
Quebrando dos poucos ao fim.
Rafael Cunha
entrelaça suas asas a volta do farol.
Para se entristecer pelas quedas de minhas pedras.
Meus muros são de calcário, enfraquecidos pelo tempo.
Não suportam mais o ninho da sua cria.
Voa-te alma minha,
dance pelos ventos quentes que te levam às alturas.
Passe ao cisco de uma ponta minha,
e os piscos tome-os em goladas.
Atormentada siga no seu vôo confuso,
na notória tormenta do mar revolto em mim, pedras fracas.
Ache outro abismo para amar seu canto,
e aos prantos ficarei em minha quebras e quedas de cada pedaço de mim partir.
Não quero que me vejas assim,
Quebrando dos poucos ao fim.
Rafael Cunha
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Caçada
As minhas vontades calam-se em havê-la perdido,
a nova paixão guia-me na escuridão da minha cegueira.
A vida de um poeta me enfurece em compará-lo,
escrevo o que sinto, não escrevo o que queres, é o que me resta.
Não sou poeta, sou um contador de histórias em versos fantásticos,
Meus versos são minhas bengalas na escuridão junto a paixão da inglesa Katarina.
- Quem sou então?
Sou o movimento dos sentimentos como a manada enfurecida pela fome de um leão.
O sapateado de cascos em terras empoeiradas para depois derrubado a paixão da minha carne devorada por um filhote, eu sou um morto, meus restos é o amor, pra você eternidade.
Rafael Cunha
a nova paixão guia-me na escuridão da minha cegueira.
A vida de um poeta me enfurece em compará-lo,
escrevo o que sinto, não escrevo o que queres, é o que me resta.
Não sou poeta, sou um contador de histórias em versos fantásticos,
Meus versos são minhas bengalas na escuridão junto a paixão da inglesa Katarina.
- Quem sou então?
Sou o movimento dos sentimentos como a manada enfurecida pela fome de um leão.
O sapateado de cascos em terras empoeiradas para depois derrubado a paixão da minha carne devorada por um filhote, eu sou um morto, meus restos é o amor, pra você eternidade.
Rafael Cunha
Rafael
Não adianta me procurar para o efeito do amar se cumprir.
Me desculpe se a minha admiração pelos seus poemas lhe entrega a esperança.
Estou apaixonada, e não é por você, meu antigo amor.
Me renovei, me contentei com seus xingamentos em públlico pela minha perda, engracei-me com outros para seu esquecimento.
O leio sempre mas com olhos de não apaixonada, mas com olhos de quem procura uma paixão, e este não é você.
Você me trás a felicidade como algo inexistente em matéria, e não mais como homem a quem amei, com meus olhos, meus cabelos, meus cremes e meu perfume. Hoje você não é nada mais que alguém que escreve palavras que qualquer um outro poderia escrever, mesmo não sendo você o autor.
Não gosto de você, não quero mais ficar com você, ou olhar pra você, só quero que escrevas para meu sentimento de amor explodir em outros corações.
Te amei, mas nunca mais vou te amar, Rafael.
Rafael Cunha
Me desculpe se a minha admiração pelos seus poemas lhe entrega a esperança.
Estou apaixonada, e não é por você, meu antigo amor.
Me renovei, me contentei com seus xingamentos em públlico pela minha perda, engracei-me com outros para seu esquecimento.
O leio sempre mas com olhos de não apaixonada, mas com olhos de quem procura uma paixão, e este não é você.
Você me trás a felicidade como algo inexistente em matéria, e não mais como homem a quem amei, com meus olhos, meus cabelos, meus cremes e meu perfume. Hoje você não é nada mais que alguém que escreve palavras que qualquer um outro poderia escrever, mesmo não sendo você o autor.
Não gosto de você, não quero mais ficar com você, ou olhar pra você, só quero que escrevas para meu sentimento de amor explodir em outros corações.
Te amei, mas nunca mais vou te amar, Rafael.
Rafael Cunha
terça-feira, 10 de julho de 2012
De Vida
Devido a traição do corpo,
a alma se rompe,
se rasga.
Vindo de uma pessoa que amas,
a alma se foge,
se lasca.
De vida prometida ao amor,
se mente.
Prostitua-se a qualquer vontade,
da vida prometida se resta a falta,
a vontade,
o amor.
Rafael Cunha
a alma se rompe,
se rasga.
Vindo de uma pessoa que amas,
a alma se foge,
se lasca.
De vida prometida ao amor,
se mente.
Prostitua-se a qualquer vontade,
da vida prometida se resta a falta,
a vontade,
o amor.
Rafael Cunha
sexta-feira, 6 de julho de 2012
For
Se tudo fosse verdade,
juntos, agora, estaríamos sob o luar.
Forte, preenchidos de amor, querida.
Se fosse verdade, tudo assim, seria.
Meus braços quebrados em um nó de abraço.
Verdade, assim seria se tudo fosse.
Nos laços dos meus beijos em um toque.
Rafael Cunha
juntos, agora, estaríamos sob o luar.
Forte, preenchidos de amor, querida.
Se fosse verdade, tudo assim, seria.
Meus braços quebrados em um nó de abraço.
Verdade, assim seria se tudo fosse.
Nos laços dos meus beijos em um toque.
Rafael Cunha
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Luanda
Ontem estive em Luanda.
Caminhei entre suas ruas floridas de sonho,
mergulhei entre as águas límpidas dos copos gelados servidos.
Cavalheiros jogavam damas
ao encontro e desencontro dos seus corpos.
Suado os seus para eu também o dela jogar,
me convenci que nossos continentes se juntam com um beijo.
As ruas se curvam, os caminhos se encurtam,
com você,
Luanda.
Rafael Cunha
Caminhei entre suas ruas floridas de sonho,
mergulhei entre as águas límpidas dos copos gelados servidos.
Cavalheiros jogavam damas
ao encontro e desencontro dos seus corpos.
Suado os seus para eu também o dela jogar,
me convenci que nossos continentes se juntam com um beijo.
As ruas se curvam, os caminhos se encurtam,
com você,
Luanda.
Rafael Cunha
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