segunda-feira, 31 de maio de 2010

Paralelo

Para a sereia dos meus mares furiosos deixo todos os meus amores encantados.
Tens o dever de entregar a ela todos os meus versos que aqui recitei.
Não escreverei mais uma centena de frases,
para agradar os olhos cegos de um amor.

Não esqueça de avisá-la que, dela, estou levando
o castanho dos seus olhos,
o amarelo dos seus cachos,
seus sorrisos tortos e indiretos,
junto aos ventos de um respiro aliviado.


Rafael Cunha

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