segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cadeira de Balanço

Ontem fui dançar.
Dancei entre os corpos juntos de amor.
Sem ninguém.

Tomei as cevadas.
Me molhei com os amargos.
E meu corpo, envenenado.
Voltei.

Os corpos suados,
os beijos doces,
quando rodopiados,
se  perdem em ilusão.
Chorei.

Sentado em uma varanda,
com os joelhos já travados.
Balancei.



Rafael Cunha

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