Esta semana minhas lágrimas caíram do céu,
chorei minhas mágoas e parcerias.
As amizades escorri nas guias
das minhas ruas sem saída,
para no final o bueiro sugar.
As árvores das calçadas aceitaram
as gotas escorridas no seu caule,
para de sede, não secar.
Rafael Cunha
terça-feira, 24 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Cadeira de Balanço
Ontem fui dançar.
Dancei entre os corpos juntos de amor.
Sem ninguém.
Tomei as cevadas.
Me molhei com os amargos.
E meu corpo, envenenado.
Voltei.
Os corpos suados,
os beijos doces,
quando rodopiados,
se perdem em ilusão.
Chorei.
Sentado em uma varanda,
com os joelhos já travados.
Balancei.
Rafael Cunha
Dancei entre os corpos juntos de amor.
Sem ninguém.
Tomei as cevadas.
Me molhei com os amargos.
E meu corpo, envenenado.
Voltei.
Os corpos suados,
os beijos doces,
quando rodopiados,
se perdem em ilusão.
Chorei.
Sentado em uma varanda,
com os joelhos já travados.
Balancei.
Rafael Cunha
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Largo
Não vim para ser amado,
somente amar.
A cada minuto que passa,
nos distanciamos:
das bocas,
dos abraços,
de cada parte de um amor desejado.
A cada segundo,
um passo pra longe é dado,
um pé do sapato é esquecido,
um olhar desviado.
Me sinto longe,
ao final da corrida,
chegando aos pampas de algodão.
A passos largos,
inundo minha cama com sonhos,
me esqueço das vidas passadas,
me preparo para amar somente a mim,
e a mais ninguém.
Nunca mais.
Rafael Cunha
somente amar.
A cada minuto que passa,
nos distanciamos:
das bocas,
dos abraços,
de cada parte de um amor desejado.
A cada segundo,
um passo pra longe é dado,
um pé do sapato é esquecido,
um olhar desviado.
Me sinto longe,
ao final da corrida,
chegando aos pampas de algodão.
A passos largos,
inundo minha cama com sonhos,
me esqueço das vidas passadas,
me preparo para amar somente a mim,
e a mais ninguém.
Nunca mais.
Rafael Cunha
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Um cão
Um cão me encontrou na manhã de domingo.
Me cheirou como novo, fungou meu rosto e se virou.
Continuou andando e tentando descobrir os cantos do parque,
enquanto sua deusa o olhava atentamente.
Nesta hora, dos seus braços, as borboletas saltaram em minha direção,
entrou nos meus olhos,
me cegou com encanto,
entupiu meus ouvidos,
minha própria voz já não escutava.
A cegueira, a surdez,
faz de mim, hoje,
um homem livre.
Rafael Cunha
Me cheirou como novo, fungou meu rosto e se virou.
Continuou andando e tentando descobrir os cantos do parque,
enquanto sua deusa o olhava atentamente.
Nesta hora, dos seus braços, as borboletas saltaram em minha direção,
entrou nos meus olhos,
me cegou com encanto,
entupiu meus ouvidos,
minha própria voz já não escutava.
A cegueira, a surdez,
faz de mim, hoje,
um homem livre.
Rafael Cunha
Assinar:
Postagens (Atom)