terça-feira, 23 de julho de 2013

Não Escreva

Não sabia o motivo em parar de escrever,
achei que fosse clarão da minha morte,
ou a foice de um gramado alto.

Talvez a sonolência de um ditado,
ou uma frase feita em um diálogo sem fundamento.

Poderia ser qualquer outro motivo, e agradeço em não ter mais escrito.

Hoje entendo a razão em não escrever mais.

Me isolaram deste direito por eu não me comprometer em minha gerência.
Deus me fez como o príncipe abandonado,
se eu apanhar minha estrela depois de raptada ela me levará pra longe.
Minha rosa ficará, e com ela a sede e a fome.

Hoje eu te entendo em não me deixar escrever mais.

Eu abandono meus números,

Meus olhos se fecham.
Minhas mãos não se tocam.
Minha febre aumenta,
e a morte do meu eu se instala.



Rafael Cunha

Um comentário:

Tatá disse...

Gostei muito dos teus escritos. Venha conhecer os meus?
http://epilogosefinais.blogspot.com