segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Preta no Preto

Somos enroscos de saudades.
Um é a tempestade e a outra a calmaria e a garoa de lágrimas.
Somos os arrependimentos da carne, e o desespero para só assim não nos perdermos entre os porcos infelizes da nossa sociedade, que teimam em afastar-nos.
Somos dançarinos que bailam na sala depois dos jantares a luz de um aquário.
Somos cheirosos em um banho de amêndoas.
Nossos toques com torta de limão, cheiro eterno de nossos sonos.
Todas as receitas para nossos amores se completarem, somos ainda apaixonados.

Seu canto é o direito e o meu é o esquerdo e uma cama fresca de verão.
Rego-a com copos de água pra sua boca secar, para amanhã pela manhã poder brotar um bom dia apaixonante.

A carne foi fraca, o amor não foi suficiente, e a paciência foi explosiva.
Eu me Arrependo!

Queria ter voltado e baixado minha cabeça para a perda do seu amor, e silenciar-me em meus livros e em outros amores, queria ter mudado para a casa onde éramos os amantes mais apaixonados. Queria desenhar todas as paredes para você e Olívia.

Ser seu marido.
Ser seu caminho.

E você a inspiração para meus delírios acalmar. A segurança da mulher que ai dentro existe.
Sou apaixonado por você, mas vou acreditar no que tenta me dizer, que o amor se foi e não voltará jamais.


Rafael Cunha

Um comentário:

Anônimo disse...

Leio sempre... ass. Borboletas rs