No verão tu és a pena nos anjos de Raffaello.
Você é a corneta por onde o ar expira o outono.
És as nuvens de algodão no inverno.
Na primavera tu és o lençol nos meus vôos.
Prazer em conhecê-la.
Rafael Cunha
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Castelo
Com minhas garras,
escalarei as muralhas pedregosas de Mônaco.
Atirarei pedras de quartzo nas janelas de quem dorme.
Sairei gritando pelas vielas em curvas o nome de São Jorge.
E também por todo o labirinto no jardim em frente a sua casa.
Voarei.
No meu vôo,
cuspirei em lábios,
abençoarei outros.
Acordarei somente você.
Mostrarei a noite e os dias.
Falarei de onde eu vim para nossos filhos.
Farei com que me chamem de Pai.
Selarei seu cavalo.
Prepararei seu anzol.
Coarei queijo, com leite do nosso rebanho.
Terei uma gruta com vinhos,
uma baía cristalina,
casas brancas.
Peixes no almoço.
Frutas no jantar.
E só assim,
dormirei ao seu lado todos os dias.
Tranqüilo.
Rafael Cunha
escalarei as muralhas pedregosas de Mônaco.
Atirarei pedras de quartzo nas janelas de quem dorme.
Sairei gritando pelas vielas em curvas o nome de São Jorge.
E também por todo o labirinto no jardim em frente a sua casa.
Voarei.
No meu vôo,
cuspirei em lábios,
abençoarei outros.
Acordarei somente você.
Mostrarei a noite e os dias.
Falarei de onde eu vim para nossos filhos.
Farei com que me chamem de Pai.
Selarei seu cavalo.
Prepararei seu anzol.
Coarei queijo, com leite do nosso rebanho.
Terei uma gruta com vinhos,
uma baía cristalina,
casas brancas.
Peixes no almoço.
Frutas no jantar.
E só assim,
dormirei ao seu lado todos os dias.
Tranqüilo.
Rafael Cunha
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Traição
Não é somente com os lábios.
Não somente com a pele.
Mas o que eles falam e o que ela escuta.
Define-se, por hora, que pra mim nunca mais.
Rafael Cunha
Não somente com a pele.
Mas o que eles falam e o que ela escuta.
Define-se, por hora, que pra mim nunca mais.
Rafael Cunha
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Neve
Caem os flocos de amor.
São de amor apenas na queda.
Quando nos tocam viram água, escorrem ou evaporam.
Em terra viram solo.
Portanto, assistiremos somente a queda.
Rafael Cunha
São de amor apenas na queda.
Quando nos tocam viram água, escorrem ou evaporam.
Em terra viram solo.
Portanto, assistiremos somente a queda.
Rafael Cunha
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